
Oi, meu pequeno caos ambulante,
Eu sei.
Parece que o mundo inteiro tá com pressa pra enfiar você dentro de uma caixa bonita, etiquetada e com um lacinho que diga: “esse aqui já sabe o que vai ser quando crescer.”
Mas deixa eu te falar uma coisa que ninguém tem coragem de dizer:
você não precisa saber. Não agora. Talvez nunca do jeito que eles esperam.
A vida não é esse currículo impecável do LinkedIn, nem aquela bio de Instagram toda organizada por emoji. A vida é meio torta, meio incerta, cheia de rasuras. É um monte de perguntas sem resposta. E adivinha? Tá tudo bem.
Você pode querer ser astronauta hoje, abrir uma padaria amanhã, virar poeta aos 30 e descobrir que na real o que te faz feliz mesmo é cuidar de plantas, escrever bobagens profundas às três da manhã ou dançar no meio da sala sem plateia.
Você não precisa correr pra lugar nenhum.
Nem provar nada pra ninguém.
Então quando te perguntarem o que você vai ser quando crescer, fala:
— “sei lá, feliz talvez… ou só eu mesmo, mas com menos medo.”
Porque, no fundo, é só isso que importa.
O resto a gente vai tropeçando, chorando no banheiro, dando risada de nervoso e aprendendo pelo caminho. E pode ficar tranquilo: tem um Deus, absurdamente amoroso, segurando sua mão o tempo todo, mesmo quando você cisma de soltar.
Então respira.
Vive.
Erra bonito.
E lembra que você não tá atrasado em nada.
Com carinho (e uma dose de sarcasmo existencial),
— b. monma 🌙