A franja nunca é neutra.
Ela não chega de mansinho.
Ela chega dizendo: “segura quem pode”.
Carrega consigo o peso leve dos anos 70, quando o mundo queria quebrar padrões, soltar as amarras e dançar ao som da própria liberdade. Mas também sabe ser atual, moderna, cool — porque quem tem franja não precisa gritar estilo, o rosto já diz por si.
No fundo, usar franja é um ato de espírito livre.
É aceitar que o cabelo vai cair no olho, que a visão vai ser emoldurada, que talvez nem sempre ela esteja perfeitamente alinhada.
E é justamente aí que mora a graça: ela não pede controle, ela pede entrega.
Eu sinto que a franja é como essa fase da minha vida.
Carrega o peso de tudo que vivi até aqui, mas ao mesmo tempo abre espaço para o novo.
Não é só corte: é rito de passagem.
É declarar, sem dizer, que a vida é feita de molduras e de liberdade.
– b. monma