A franja como metáfora ✂️✨

A franja nunca é neutra.

Ela não chega de mansinho.

Ela chega dizendo: “segura quem pode”.

Carrega consigo o peso leve dos anos 70, quando o mundo queria quebrar padrões, soltar as amarras e dançar ao som da própria liberdade. Mas também sabe ser atual, moderna, cool — porque quem tem franja não precisa gritar estilo, o rosto já diz por si.

No fundo, usar franja é um ato de espírito livre.

É aceitar que o cabelo vai cair no olho, que a visão vai ser emoldurada, que talvez nem sempre ela esteja perfeitamente alinhada.

E é justamente aí que mora a graça: ela não pede controle, ela pede entrega.

Eu sinto que a franja é como essa fase da minha vida.

Carrega o peso de tudo que vivi até aqui, mas ao mesmo tempo abre espaço para o novo.

Não é só corte: é rito de passagem.

É declarar, sem dizer, que a vida é feita de molduras e de liberdade.

– b. monma

Publicado por Bruna Monma

Escritora e criadora de projetos autorais. Escrevo crônicas, reflexões e narrativas sobre identidade, tempo e o que não cabe em legendas. Acredito na palavra como forma de presença.

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