Bem-vindo, agosto

Chega agosto e, com ele, aquela sensação de começo.

Não é janeiro, não é segunda-feira, mas é o mês em que a vida parece me chamar pelo nome e dizer: agora é você.

Agosto é meu mês de florescer, de relembrar quem eu sou, de agradecer por mais um ciclo e também de me permitir recomeçar.

É o mês em que a menina leonina que mora em mim sopra velas e faz promessas silenciosas para Deus — não só desejos, mas pactos de alma.

Eu gosto de pensar que, em agosto, o vento muda.

E eu mudo com ele.

Mudo de pele, de olhar, de sonhos.

É como se a vida me desse a chance de ser de novo — mais madura, mais leve, mais eu.

Agosto, seja doce.

Seja forte.

Seja meu espelho e meu palco.

Traga os dias ensolarados que me lembram a praia, o calor que me veste melhor do que qualquer roupa, e os encontros que me devolvem a paz.

Bem-vindo, agosto.

Bem-vinda, Bruna que renasce.

– b. monma

Publicado por Bruna Monma

Escritora e criadora de projetos autorais. Escrevo crônicas, reflexões e narrativas sobre identidade, tempo e o que não cabe em legendas. Acredito na palavra como forma de presença.

6 comentários em “Bem-vindo, agosto

  1. Que texto lindo! Mais do que um simples relato, ele propõe uma interpretação sensível da vida em seus movimentos mais sutis e significativos. Gostei muito! Parabéns!

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