O mundo inteiro quer prever o que eu gosto. Mas só Deus entende o que eu preciso — mesmo quando eu não sei explicar.
O TikTok me entrega o vídeo certo. O Instagram me mostra frases que parecem ter sido escritas pra mim. O algoritmo me conhece — mas não me cura.
Deus, por outro lado, não precisa de minhas buscas pra saber o que dói. Ele lê o que eu escondo. Ele entende o que nem eu entendo. Ele aparece nas entrelinhas, nos silêncios, nas pausas entre um pensamento e outro.
Enquanto os algoritmos tentam me prever, Deus só me pede presença.
Presença, não performance
O mundo me ensina a parecer forte. A manter a estética da paz. A mostrar a versão editada da fé. Mas com Deus, não tem filtro. Não tem pose. Não tem legenda pronta.
Com Deus, eu choro feio. Eu falo sem lógica. Eu falo calada. Eu falo deitada. E Ele entende.
A oração mais sincera da minha vida talvez tenha sido um suspiro. E Ele ouviu.
Porque Deus não se ofende com a minha bagunça. Ele entra nela. E permanece.
Enquanto o mundo me analisa, Ele me acolhe
Os algoritmos tentam adivinhar meu próximo passo. Me mostram o que parece fazer sentido com base no que cliquei, segui, desejei.
Mas tem coisas que eu não procurei — e que só Deus me entregou.
Tem respostas que não vieram no Google. Tem abraços que chegaram sem mensagem. Tem livramentos que eu nem soube que aconteceram. Só sei que Ele tava lá.
Ele me lê por dentro. E ainda assim me ama.
Meu código é a fé
Não importa quantos dados o mundo colete sobre mim. Nenhum deles consegue acessar o lugar onde Deus e eu conversamos baixinho.
Meu código é a fé. Minha senha é a esperança. Meu backup é o céu.
Enquanto o mundo calcula, Deus cuida.
Enquanto eu me perco nos ruídos, Ele me chama pelo nome.
– b. monma
✦ Na próxima crônica: “A nova fé: entre a astrologia e a Bíblia, eu sou o templo.”
Sobre a espiritualidade híbrida da geração que busca sentido em todos os lugares — e finalmente começa a olhar pra dentro.