Entre o respeito e o apetite

Como você se sente sobre o consumo de carne?

Convivo com a carne de um jeito curioso: vendo, convivo, observo… mas também questiono. Já tentei ser vegetariana por ética, por saúde, por curiosidade, mas não consegui. Ainda assim, nunca mais comi do mesmo jeito.

Eu leio muito, sou inquieta por natureza, e sei o quanto a carne, principalmente a vermelha, pode ser inflamatória para o corpo. Sei também que por trás de cada corte existe algo maior do que uma mercadoria: existe uma vida. E talvez por isso, todas as vezes em que como, faço isso com respeito, quase como quem faz uma pequena oração silenciosa.

Não acredito no excesso. Não acredito no consumo automático. Acredito na consciência, tanto como consumidora quanto como alguém que trabalha com isso todos os dias. Para mim, procedência não é detalhe: é uma responsabilidade. É entender que comer é um ato íntimo, que mexe com o corpo, com a energia e até com a nossa relação com o mundo.

Vivo nesse meio-termo: nem extremista, nem indiferente. Apenas alguém que aprendeu a olhar para um alimento tão comum com a profundidade que ele merece e a consumir com presença, equilíbrio e respeito.

— b. monma

Publicado por Bruna Monma

Escritora e criadora de projetos autorais. Escrevo crônicas, reflexões e narrativas sobre identidade, tempo e o que não cabe em legendas. Acredito na palavra como forma de presença.

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