
Se autoconhecer é maravilhoso, dizem. Um caminho de luz, falam. Mas ninguém te avisa que, no meio do processo, você vai se pegar chorando porque percebeu que repete os mesmos padrões que jurou que nunca mais repetiria. Ou que vai estar no meio de um surto existencial no trabalho, encarando o nada como se ele tivesse todas as respostas da sua vida.
Pois bem, nas últimas semanas, resolvi entrar nessa tal jornada do autoconhecimento. Dizem que é transformador, libertador, quase uma experiência transcendental. Mas eu diria que é mais parecido com desmontar um guarda-roupa da vida inteira e perceber que tem coisa demais acumulada lá dentro. E o pior: não dá nem pra culpar a vida, as circunstâncias ou os astros. É tudo sobre mim.
Foi assim que me vi obcecada com cada detalhe da minha existência. Meu cérebro virou um CSI emocional, analisando todos os casos arquivados da minha vida: “Por que eu ajo assim?”, “Será que minha missão de vida é escrever?”, “Por que sinto formigamento entre as sobrancelhas? Será que sou um Wi-Fi humano?”. E quando eu achava que ia dar um passo para a iluminação, vinha um vídeo aleatório no YouTube me dizendo que eu precisava ‘desbloquear meu chakra da confiança’.
Falando em confiança, também resolvi trabalhar minha inteligência emocional no relacionamento. Aprendi que isso significa basicamente não gritar, não dramatizar e não mandar indiretas no Instagram. Honestamente? O desafio do ano. Porque, às vezes, eu só queria um bom Aperol e a permissão divina para ser passivo-agressiva em paz.
Mas entre surtos e reflexões profundas, percebi que essa coisa de se conhecer melhor tem um lado bom. Estou aprendendo a confiar mais na vida, a segurar a ansiedade e a entender que nem tudo precisa ser controlado (mesmo que eu ainda tenha vontade de controlar tudo). E o mais importante: voltei a escrever. Ainda não sei se essa é minha missão de vida ou só mais uma forma chique de organizar meus pensamentos, mas pelo menos agora posso transformar minhas crises existenciais em algo que faça sentido.
No fim das contas, o autoconhecimento não é essa coisa mística e bonita que vendem por aí. Às vezes, é só você tentando não surtar enquanto encara o nada e se pergunta: “Será que estou no caminho certo?”. A resposta? Sei lá. Mas pelo menos agora eu bebo meu Aperol sem culpa.
Eu te entendo, eu entrei nessa jornada de autoconhecimento a uns 2 ou 3 anos, e mesmo minha vida sendo basicamente igual, eu não tenho mais depressão, só uns espirros existenciais ocasionalmente, mas depois deles eu tenho um surto de inspiração, foi na filosofia que me encontrei. Você tem um ponto de foco, alguma coisa que te faz relaxar e refletir, no meu caso foi filosofia, mas eu não leio filosofia só escrevo, acredito que a filosofia deve ser vivida e não apenas teorizada, se não se torna um livro de ficção! Por isso vou fazer uma viagem a pé pelo Brasil sem dinheiro, criei meu blog a pouco tempo porque minha memória é ruim e quero me lembrar de tudo que vivi quando eu tiver 80 anos 🤣😎
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Que comentário incrível! Obrigada por compartilhar um pouco da sua jornada por aqui. Achei muito legal sua visão sobre filosofia ser vivida e não apenas teorizada—faz todo sentido! Acho que, de certa forma, escrever também é uma maneira de filosofar sobre a própria vida, né? E essa sua ideia de viajar pelo Brasil sem dinheiro é ousada e muito corajosa! Com certeza você vai ter muitas histórias pra contar e lembrar quando tiver 80 anos. Vou dar uma olhada no seu blog depois! Sucesso na sua jornada e continue compartilhando suas reflexões por aqui!
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Pode deixar, vou continuar minhas reflexões. E vou dar uma olhada nas suas outras publicações, gostei do seu blog, se passar lá pelo meu blog não repara na bagunça, sinta-se em casa! 😎😘
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nó…me identifiquei demais com esse texto. Tbm estou nessa jornada e voltei a escrever muito por esse motivo. Já quero ser sua amiga haha se vc for de BH, bora trombar por aí!
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Já pode se considerar minha amiga! Eu estou fazendo essa aventura para me redescobrir, então eu não tenho um objetivo específico, eu escolhi ir para a Bahia de forma aleatória. E já que você me convidou, eu vou adicionar Belo Horizonte no meu trajeto. Se quiser acompanhar minha história, pode dar uma olhada no meu blog. Dia 10 do mês que vem vou sair, logo após o carnaval. Vai levar muito tempo até a gente se ver, pretendo aproveitar os pontos históricos das cidades que eu vou passar, vou ficar no máximo 4 dias em cada cidade. Sinceramente estou ansioso para ir, e fico feliz de ter uma amiga para visitar nessa viagem, obrigado 😎💐
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Fabíola, que demais! Também adorei essa conexão!💖 Eu sou do interior de SP, mas amizade virtual existe, né? Haha. Vou dar uma olhada no seu blog também! E se um dia eu for pra BH, bora se trombar sim! 👏🏼 E
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Se auto conhecer é muito bom. É como reformar uma casa. Faz bagunça. As ilusões caem. Você descobre como funciona. Mas imagine quando a cada nova surgir? Será inspirador! É assim mesmo! Parabéns por este passo. Só nós temos o poder de nos reorganizar por dentro. Minha irmã e eu gostamos de meditar. A meditação nos faz sentir Deus e encontrar a nós mesmas. As respostas chegam quando estamos relaxadas, quando menos esperamos. É mais importante que respostas mentais, são os sentimentos que vão norteando. A harmonia interior vai banhando tudo! Continue! Autoconhecimento é muito importante!
Abraços!
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a faz todo sentido – o processo é bagunçado, mas necessário pra algo muito melhor surgir. E adorei essa visão de que só nós temos o poder de nos reorganizar por dentro! Meditação é algo que eu quero explorar mais, e é lindo como vocês sentem essa conexão com Deus através dela. Acho que no fundo é isso mesmo: mais do que respostas racionais, é sobre sentir e deixar a harmonia interior guiar. Obrigada por compartilharem essa visão tão inspiradora! ❤️
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*casa nova
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Que bom que voltou a escrever, “mesmo que seja apenas uma forma chique de organizar os pensamentos”. Como dizem, “escrever não é diferente de pensar”, mas é um pensar diferente, intencional, sem tantos ventos levando para todas as direções. E pode ser até divertido.
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Alexandro, é bem isso! Escrever é tipo organizar o caos mental, mas com estilo. E no fim, pode ser até terapêutico… ou só mais um jeito de surtar com classe. Valeu por ler e comentar, apareça mais vezes!
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