
Feliz Dia das Mulheres! ✨
Que nunca nos falte voz, coragem e espaço. Que sejamos difíceis, inquebráveis, livres. Sexo frágil? Só se for pra quem precisa da nossa força pra se equilibrar.
Hoje e sempre, escolhemos a nós mesmas. 💫
Tem uma coisa que sempre me intrigou: como é que a gente cresce ouvindo que mulher é sexo frágil e, ao mesmo tempo, passa a vida equilibrando boleto, cólica, trabalho, unha feita, frustração emocional e TPM – muitas vezes tudo isso ao mesmo tempo e sem nem poder surtar no expediente?
E mais: “sexo frágil” somos nós, mas são eles que precisam sugar a autoestima de uma mulher para não desmoronar? Tá bom.
O problema começa quando a gente percebe que ser boazinha demais é a pior forma de se autossabotar. Porque enquanto você tenta ser legal, compreensiva, a mulher que “não arruma problema”, tem sempre alguém se aproveitando da sua paz de espírito. Aí, um dia, você cansa.
Você acorda e pensa: “pera, e se eu simplesmente não aceitar mais nada que me desagrade?” Aí pronto. Virou difícil.
Sim, porque mulher que se impõe não é determinada, é difícil. Mulher que discorda não é inteligente, é complicada. Mulher que não se anula por amor não é forte, é egoísta.
E eu digo, com todo prazer: que sejamos todas difíceis. Que ninguém mais nos ache fáceis de manipular, fáceis de engolir sapo, fáceis de manter caladas.
Que a gente nunca mais aceite ser extensão do ego de um homem inseguro. Que a gente nunca mais seja plateia para macho medíocre que precisa da nossa atenção para se sentir importante. Que a gente nunca mais se molde para caber na fragilidade emocional de alguém que nem sabe o que quer da vida.
E mais importante: que a gente tenha voz. Não só para xingar um idiota no trânsito ou reclamar da entrega que atrasou. Mas voz para ser ouvida. Voz para ser foda. Porque ser foda de boca pra fora é moleza. Difícil mesmo é ser foda de verdade.
E nisso, meu amor, nós somos mestras.