Entre o raso e o profundo

Enquanto você dispara indiretas vazias no story, eu escrevo textos que respiram fundo e dizem o que você não tem coragem de nomear.

Essa é a diferença.

Tem gente que precisa de plateia para existir, eu preciso de silêncio.

Tem quem escolha a provocação rasa, eu prefiro a palavra que atravessa.

Enquanto uns acionam a câmera, eu aciono o verbo.

Eles jogam migalhas para ver quem morde;

eu deixo páginas inteiras para quem tem estômago de ler.

O mundo anda cheio de gente que vive de impressão, e eu, de expressão.

Um posta para cutucar, eu escrevo para curar.

Um quer ser notado, eu quero ser lida.

E no fim do dia, a diferença entre nós cabe em uma frase:

você precisa do story,

eu tenho uma história.

— b. monma

Publicado por Bruna Monma

Escritora e criadora de projetos autorais. Escrevo crônicas, reflexões e narrativas sobre identidade, tempo e o que não cabe em legendas. Acredito na palavra como forma de presença.

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