A menina que queria aprender por música

Quando eu era criança, pedi para que a professora explicasse a matéria em formato de música. Ela achou estranho. Chamou minha mãe pra conversar. Talvez tenha visto ousadia, talvez insubordinação, mas no fundo eu só queria entender o mundo de um jeito que fizesse sentido pra mim. Enquanto uns aprendiam decorando fórmulas, eu precisava sentirContinuar lendo “A menina que queria aprender por música”

Entre Deus, o dado e o poder

por b. monma Já reparou como a história se repete, só que com uma roupa diferente?Ontem eram os generais e seus tanques. Hoje são os algoritmos e seus códigos.O controle continua o mesmo, só mudou de roupa. A gente estudou na escola que a Coreia do Norte vive numa ditadura desde 1948,mas quase ninguém falaContinuar lendo “Entre Deus, o dado e o poder”

O fim da ressaca como identidade

Durante muito tempo, a ressaca foi uma medalha. Sinal de que você viveu, curtiu, sobreviveu à própria intensidade. Era quase uma gíria geracional: “tô acabada, mas foi bom demais”. Hoje, essa frase soa datada. A ressaca perdeu o glamour. A nova geração não quer pagar o preço da euforia. O álcool deixou de ser oContinuar lendo “O fim da ressaca como identidade”

Entre o fogo e o mar

Há dias em que minha alma pede fogo: intensidade, paixão, aquele arrebatamento que consome. Outros dias, ela pede o mar: vastidão, paz, o silêncio que abraça. E eu, como sempre, fico no entre. A fé cristã me sussurra que o “entre” é um lugar de travessia. Como o povo no deserto, entre a escravidão eContinuar lendo “Entre o fogo e o mar”

A hora em que a noite dormiu

Eu nasci em 96. Vivi a noite de São Paulo na época em que ela parecia infinita: 1h da manhã e o fim de semana só estava começando, balada era ritual, e o copo cheio fazia parte do uniforme. Esse último fim de semana na cidade me deu outro retrato. À uma da manhã, portasContinuar lendo “A hora em que a noite dormiu”

Talvez a gente precise escrever pra se ouvir

por – b. monma Outro dia, me peguei pensando: e se a gente pudesse escrever pra se curar? Não como uma obrigação de ser escritora. Mas como um respiro.Como uma carta que ninguém vai cobrar, uma lembrança que ninguém precisa entender.Como uma forma de existir — mesmo que em pedaços. Tenho recebido mensagens de genteContinuar lendo “Talvez a gente precise escrever pra se ouvir”

O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)

Pra mim, sucesso tem cara de férias. Mas não daquelas férias cheias de roteiro e expectativa, que você volta mais cansada do que foi. Sucesso, pra mim, é viagem onde eu não tenho pressão pra fazer absolutamente nada. Onde posso acordar sem despertador, caminhar sem rumo, comer quando sentir fome e não quando o relógioContinuar lendo “O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)”

A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)

Sinto isso o tempo todo. Talvez seja a saudade da leveza despreocupada da juventude. De chegar em casa e ter comida pronta, roupa lavada, boletos inexistentes e dramas limitados a “será que ele vai me mandar mensagem?”. Tanto a infância quanto a adolescência eram mais leves — e não é papo de romantizar, é sóContinuar lendo “A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)”

Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)

Ninguém sabe o que tá fazendo. Sério. Nem eu, nem você, nem aquele teu conhecido que parece ter a vida perfeita no Instagram. No fundo, tá todo mundo improvisando. Uns mais desastrados, outros melhores na arte de fingir. Eu, por exemplo, já dei o maior mico da história recentemente: dei tchau pra alguém que nãoContinuar lendo “Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)”

O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)

Às vezes me sinto completamente improdutiva. Tipo um domingo arrastado em que não fiz nada além de existir — e talvez nem isso direito. Mas, curiosamente, eu me permito. Porque eu gosto. Eu gosto tanto de não fazer nada que chega a ser quase uma arte. Acho que me recarrego assim, sozinha, meio de dentro,Continuar lendo “O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)”

Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado

Costas, ombros, pescoço. É ali que mora a minha vida adulta. Ou, pelo menos, é ali que ela decide se manifestar em forma de peso, aperto, torcicolo, travada de quem dormiu errado — ou só vive errado mesmo. Eu durmo bem, confesso. Mas queria dormir mais. Tipo 12 horas, igual adolescente sem boletos, sem responsabilidades,Continuar lendo “Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado”

Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)

Amar é talvez o tema mais batido e ainda assim mais bagunçado que existe. Eu carrego inseguranças até hoje por conta de relacionamentos anteriores — medo de ser trocada, medo de não ser suficiente, medo de amar mais do que o outro. E por mais que eu tente romper padrões, às vezes parece que elesContinuar lendo “Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)”

Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)

Eu me pego postergando tudo que possa ser postergado. Tudo. Se der pra deixar pra amanhã, eu deixo. E o mais engraçado, ou triste, não sei, é que a única coisa que faço antes de qualquer prazo é sofrer por antecedência. Meu corpo reage de formas bem criativas: ansiedade que parece um ninho de abelhasContinuar lendo “Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)”

O dinheiro é emocional (não só matemático)

Dinheiro sempre foi uma presença curiosa na minha vida. Não posso dizer que cresci na escassez, nem que vivi rodeada de luxo desde o começo. Teve momentos mais apertados, teve fases de abundância. No meio de tudo isso, eu — uma criança mimada, que quase sempre teve o que quis, sem precisar esperar muito. QuandoContinuar lendo “O dinheiro é emocional (não só matemático)”

Capítulo 7- Quem vai salvar o mundo? – Entre culpa, esperança e legado

Cada geração carrega um fardo invisível: o de consertar o que a anterior deixou — e o de não fracassar como a próxima talvez veja. O planeta está quente. A saúde mental, em ruínas. Os vínculos, frágeis. E no meio disso tudo, há uma pergunta que ninguém faz em voz alta, mas todo mundo senteContinuar lendo “Capítulo 7- Quem vai salvar o mundo? – Entre culpa, esperança e legado”

Capítulo 6- O corpo nas gerações: entre contenção, culto e desconexão

O corpo nunca foi só carne. Sempre foi política, promessa, punição e, em alguns casos, a única forma de ser visto. Cada geração foi ensinada a habitar o próprio corpo de um jeito. E quase nenhuma foi ensinada a habitá-lo com paz. 🪶 Geração Silenciosa (1928–1945): o corpo como ferramenta de sobrevivência Corpo era força deContinuar lendo “Capítulo 6- O corpo nas gerações: entre contenção, culto e desconexão”

Capítulo 5- Espiritualidade entre gerações: entre a culpa, o sagrado e a busca por sentido

Nem toda fé nasce de luz. Às vezes, ela nasce do medo. Da dor. Do desespero. Cada geração, à sua maneira, tentou fazer sentido da vida — ou, ao menos, suportar o absurdo dela. A forma muda. Mas o vazio, esse… é universal. 🙏🏼 Geração Silenciosa (1928–1945): fé como obediência Deus era figura de autoridade. IgrejaContinuar lendo “Capítulo 5- Espiritualidade entre gerações: entre a culpa, o sagrado e a busca por sentido”

Capítulo 4 – Gerações no trabalho: da labuta silenciosa ao burnout performático

Nenhuma geração escapou do trabalho — mas cada uma foi ensinada a lidar com ele de um jeito. Para algumas, era honra. Para outras, mal necessário. Para algumas, destino. Para outras, prisão com Wi-Fi. No fundo, todas tentam responder à mesma pergunta: Quanto da minha vida eu preciso entregar pra valer a pena? 🧱 Geração SilenciosaContinuar lendo “Capítulo 4 – Gerações no trabalho: da labuta silenciosa ao burnout performático”

Capítulo 3- Amor em tempos diferentes: o que cada geração entendeu (ou não) sobre vínculos

Cada geração aprende a amar com o vocabulário emocional que recebeu. Algumas aprenderam com silêncio. Outras, com obrigações. Algumas, com excesso. Outras, com ausência. Mas todas, de alguma forma, seguem tentando dizer: eu te amo, mesmo sem ter ouvido direito. 🤐 Geração Silenciosa (1928–1945): amor que não se fala Essa geração aprendeu que amar era prover,Continuar lendo “Capítulo 3- Amor em tempos diferentes: o que cada geração entendeu (ou não) sobre vínculos”

Capítulo 2- O tempo da infância: o que foi reprimido, o que foi dissolvido, o que sobreviveu

Infância é onde tudo começa — inclusive o que vai doer daqui a vinte anos. É onde o tempo tem cheiro. Cheiro de terra molhada, de colo ou de medo. Mas esse tempo não é o mesmo para todos. Cada geração aprendeu o que era ser criança a partir do que o mundo podia oferecerContinuar lendo “Capítulo 2- O tempo da infância: o que foi reprimido, o que foi dissolvido, o que sobreviveu”

Capítulo 1- Nostalgia x Inovação: o fio que separa e conecta as gerações

O tempo não é só uma linha reta. É um novelo — cheio de nós, repetições e voltas no mesmo ponto. E se há um fio que costura todas as gerações, ele se chama memória. Mas o que fazemos com ela é que muda com o tempo: Alguns a silenciam, outros a romantizam. Alguns aContinuar lendo “Capítulo 1- Nostalgia x Inovação: o fio que separa e conecta as gerações”

Entre gerações: o que herdamos, o que criamos, o que deixamos

Antes de sermos geração, fomos consequência. De guerras, ditaduras, revoluções tecnológicas e silêncios emocionais que atravessaram famílias inteiras. A Geração Silenciosa (1928–1945) aprendeu a sobreviver em meio à escassez e à rigidez. Filhos da guerra e da repressão, viveram para obedecer e reconstruir. Choravam escondido, se chorassem. Os Baby Boomers (1946–1964) nasceram quando o mundoContinuar lendo “Entre gerações: o que herdamos, o que criamos, o que deixamos”

A chupeta, a fralda e a liberdade

Dizem que todo bebê gosta de dormir no meio dos pais. Eu não. Desde que me entendo por gente, gosto do meu quarto, da minha cama, do meu canto. Nunca fui de colo emprestado. Minha mãe conta que, com menos de um ano, tirei a fralda porque ela me incomodava. Com nove meses eu andavaContinuar lendo “A chupeta, a fralda e a liberdade”

A faxina silenciosa

Outro dia, eu chamei Deus pra uma reuniãozinha particular. Sem pauta oficial, sem ata, sem palmas. Só eu, a alma cansada e uma verdade entalada: “Deus, eu não quero mais saber de fofoca. Não quero mais conversa vazia. Eu quero crescer, não escutar.” Deus, que é muito eficiente, não me respondeu com uma luz místicaContinuar lendo “A faxina silenciosa”

Quando o mundo é só um reflexo — e o reflexo está quebrando

Um ensaio espiritual sobre a queda dos impérios, o ego global e a missão silenciosa do Brasil no tabuleiro da nova consciência. Às vezes me pego pensando que o mundo virou um campo de guerra entre egos inflados. Um tabuleiro de xadrez cósmico onde ninguém mais sabe quem é o peão e quem é oContinuar lendo “Quando o mundo é só um reflexo — e o reflexo está quebrando”

O que se vê quando a vitrine quebra

A gente achava que a vitrine era o mundo. Que o vidro brilhava porque era puro, e não porque refletia as luzes artificiais que a gente mesmo pendurou ali. A gente chamava de liberdade. De sucesso. De “conquistar o que é seu”. E por muito tempo, isso bastou. Mas um dia a vitrine quebrou. TalvezContinuar lendo “O que se vê quando a vitrine quebra”

O dia em que Katy Perry viu o invisível

(ou: quando a fama flutuou e a alma pesou) Dizem que a Terra vista do espaço parece um botão azul costurado no nada. Dizem também que o silêncio lá em cima é tão alto que a gente ouve o que não tem som. E foi pra lá — pra esse silêncio — que Katy PerryContinuar lendo “O dia em que Katy Perry viu o invisível”

O som que o universo faz quando ninguém está ouvindo

Dizem que tudo vibra. Que o mundo não é feito de matéria, mas de ritmo. Que somos, cada um de nós, uma pequena corda invisível tocando uma nota única no violão do cosmos. E se isso for verdade, talvez o meu bloqueio criativo seja só uma pausa entre duas notas. Uma respiração do universo antesContinuar lendo “O som que o universo faz quando ninguém está ouvindo”

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