Às vezes eu assisto séries de época para esquecer da vida, mas acabo lembrando demais. Comecei a rever The Tudors. Um desfile de coroas pesadas carregadas por gente leve demais. Um mundo governado por impulsos de homens que confundiam poder com permissão divina, e vaidade com destino. E enquanto eu via inocentes sendo arrancados daContinuar lendo “sobre coroas, ilusões e o preço da evolução”
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Quando o sonho é grande demais para uma vida que parece perfeita
O que fica da quinta temporada de Emily in Paris não é sobre romance, looks ou cidades, é sobre tamanho. Às vezes, a dor não vem porque algo deu errado.Vem porque deu certo demais, mas no lugar errado. A série amadurece quando entende que existem sonhos grandes demais para caber em uma realidade que, naContinuar lendo “Quando o sonho é grande demais para uma vida que parece perfeita”
Meu Top 10 Filmes: Frances Ha
Estar perdida também é estar viva. A Frances me ensinou isso — ou talvez só tenha colocado em palavras aquilo que eu já vivia em silêncio. Quem nunca? Quem nunca se olhou no espelho e pensou: “E agora?” Quem nunca achou que estava atrasada, que todo mundo tinha um plano, uma rota, um endereço certo…Continuar lendo “Meu Top 10 Filmes: Frances Ha”
O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)
Pra mim, sucesso tem cara de férias. Mas não daquelas férias cheias de roteiro e expectativa, que você volta mais cansada do que foi. Sucesso, pra mim, é viagem onde eu não tenho pressão pra fazer absolutamente nada. Onde posso acordar sem despertador, caminhar sem rumo, comer quando sentir fome e não quando o relógioContinuar lendo “O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)”
A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)
Sinto isso o tempo todo. Talvez seja a saudade da leveza despreocupada da juventude. De chegar em casa e ter comida pronta, roupa lavada, boletos inexistentes e dramas limitados a “será que ele vai me mandar mensagem?”. Tanto a infância quanto a adolescência eram mais leves — e não é papo de romantizar, é sóContinuar lendo “A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)”
Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)
Ninguém sabe o que tá fazendo. Sério. Nem eu, nem você, nem aquele teu conhecido que parece ter a vida perfeita no Instagram. No fundo, tá todo mundo improvisando. Uns mais desastrados, outros melhores na arte de fingir. Eu, por exemplo, já dei o maior mico da história recentemente: dei tchau pra alguém que nãoContinuar lendo “Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)”
Como redes sociais bagunçam seu cérebro (e sua vida inteira)
TikTok. A plataforma perfeita pra você se sentir atoa em HD. Eu sei porque já me peguei rolando por horas, o polegar adestrado, o olhar meio vidrado, o cérebro pingando dopamina baratinha — e depois? Depois vem o vazio, a sensação de “por que mesmo eu precisava saber como fazer torta de ricota em 12Continuar lendo “Como redes sociais bagunçam seu cérebro (e sua vida inteira)”
Meu top 10 filmes: Comer, rezar e amar ou porque fugir pode ser, na verdade, um jeito de se encontrar.
Tem dias que eu quero largar tudo. E tem dias que eu quero largar tudo com estilo: com um passaporte na mão, uma mala pequena e uma ausência imensa de obrigações. Um lugar onde ninguém sabe meu nome. Onde eu não tenha que ser a filha de ninguém, a amiga de ninguém, a Bruna deContinuar lendo “Meu top 10 filmes: Comer, rezar e amar ou porque fugir pode ser, na verdade, um jeito de se encontrar.”
O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)
Às vezes me sinto completamente improdutiva. Tipo um domingo arrastado em que não fiz nada além de existir — e talvez nem isso direito. Mas, curiosamente, eu me permito. Porque eu gosto. Eu gosto tanto de não fazer nada que chega a ser quase uma arte. Acho que me recarrego assim, sozinha, meio de dentro,Continuar lendo “O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)”
Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado
Costas, ombros, pescoço. É ali que mora a minha vida adulta. Ou, pelo menos, é ali que ela decide se manifestar em forma de peso, aperto, torcicolo, travada de quem dormiu errado — ou só vive errado mesmo. Eu durmo bem, confesso. Mas queria dormir mais. Tipo 12 horas, igual adolescente sem boletos, sem responsabilidades,Continuar lendo “Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado”
Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)
Amar é talvez o tema mais batido e ainda assim mais bagunçado que existe. Eu carrego inseguranças até hoje por conta de relacionamentos anteriores — medo de ser trocada, medo de não ser suficiente, medo de amar mais do que o outro. E por mais que eu tente romper padrões, às vezes parece que elesContinuar lendo “Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)”
Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)
Eu me pego postergando tudo que possa ser postergado. Tudo. Se der pra deixar pra amanhã, eu deixo. E o mais engraçado, ou triste, não sei, é que a única coisa que faço antes de qualquer prazo é sofrer por antecedência. Meu corpo reage de formas bem criativas: ansiedade que parece um ninho de abelhasContinuar lendo “Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)”
O dinheiro é emocional (não só matemático)
Dinheiro sempre foi uma presença curiosa na minha vida. Não posso dizer que cresci na escassez, nem que vivi rodeada de luxo desde o começo. Teve momentos mais apertados, teve fases de abundância. No meio de tudo isso, eu — uma criança mimada, que quase sempre teve o que quis, sem precisar esperar muito. QuandoContinuar lendo “O dinheiro é emocional (não só matemático)”
Seu cérebro só termina de amadurecer lá pelos 30 (então relaxa… mais ou menos)
Eu penso tão diferente de quando tinha 20 anos que às vezes tenho vontade de ligar praquela eu do passado e dizer:“Amiga, você não faz ideia. E, honestamente, nem eu.” A verdade é que sinto que tô passando pela crise dos trinta já faz uns dois anos — sendo que só faço 30 no anoContinuar lendo “Seu cérebro só termina de amadurecer lá pelos 30 (então relaxa… mais ou menos)”
Manifesto: Como virar adulto sem se sentir um completo fracasso
Escrever e pesquisar me ajudam a evoluir. Talvez esse seja o único caminho que encontrei pra não surtar de vez: entender por que sinto o que sinto, por que faço o que faço, por que às vezes acordo tão leve e outras tão esmagada pelo peso do mundo. Essa série nasceu disso, de uma tentativaContinuar lendo “Manifesto: Como virar adulto sem se sentir um completo fracasso”
Crawling Back to Nostalgia
Ouvir Hozier transformar “Do I Wanna Know?” foi como abrir um portal para uma saudade que eu nem sabia que sentia. Algumas saudades são diferentes de outras. Existem aquelas saudades fofas, tipo saudade de um brigadeiro na TPM, e existem aquelas que doem no peito como um boleto vencido que a gente esqueceu de pagar.Continuar lendo “Crawling Back to Nostalgia”
Manual (Nada Prático) do Autoconhecimento
Se autoconhecer é maravilhoso, dizem. Um caminho de luz, falam. Mas ninguém te avisa que, no meio do processo, você vai se pegar chorando porque percebeu que repete os mesmos padrões que jurou que nunca mais repetiria. Ou que vai estar no meio de um surto existencial no trabalho, encarando o nada como se eleContinuar lendo “Manual (Nada Prático) do Autoconhecimento”
O Peso do Mundo e Outros B.O.s
Outro dia acordei com uma certeza: estou exausta de carregar o mundo nas costas. E antes que você me pergunte “mas quem te deu essa missão?”, já adianto que ninguém deu. Peguei por conta própria. Fui lá e me servi de um pratão de responsabilidades emocionais, existenciais e financeiras, tudo regado a um molho agridoceContinuar lendo “O Peso do Mundo e Outros B.O.s”
Relato de uma sobrevivente do próprio dia
Comecei o dia lutando com o despertador. Quer dizer, lutando é um exagero. Eu só perdi mesmo. Adiei uma, duas, duzentas vezes, na ilusão de que cinco minutos fariam alguma diferença na minha vida. Spoiler: não fizeram. Levantei com a energia de um celular no modo economia, mas decidi começar o dia relax. Namorei meuContinuar lendo “Relato de uma sobrevivente do próprio dia”
O Dia em que Faltou Luz e Sobramos Nós
Era uma quarta-feira comum até que, do nada, voltamos no tempo para a Idade Média. Não porque o mundo acabou, mas porque esquecemos de pagar a conta de luz. Um detalhe besta, um mero descuido, um sinal claro de que a vida adulta é basicamente um looping de boletos, prazos e esquecimentos estratégicos. A verdade?Continuar lendo “O Dia em que Faltou Luz e Sobramos Nós”
E se eu tivesse nascido um dia antes?
Dizem que cada detalhe muda tudo. Uma borboleta bate as asas na China, e um motoboy se atrasa na minha cidade. O caos do universo é meticulosamente coordenado pelo acaso, e eu fico aqui, deitada na cama, olhando para o teto, me perguntando: e se eu tivesse nascido no dia 1º de agosto em vezContinuar lendo “E se eu tivesse nascido um dia antes?”
Pequenos prazeres que seguram a gente no mundo (e uns vícios que só jogam no lixo)
A vida adulta é um amontoado de boletos, ligações que poderiam ser e-mails e uma eterna tentativa de dormir mais cinco minutinhos. É um corre sem fim, e às vezes a gente se pega no piloto automático, só existindo, pagando contas e respondendo “tudo bem e você?” por pura força do hábito. Mas aí vêmContinuar lendo “Pequenos prazeres que seguram a gente no mundo (e uns vícios que só jogam no lixo)”