O que fica da quinta temporada de Emily in Paris não é sobre romance, looks ou cidades, é sobre tamanho. Às vezes, a dor não vem porque algo deu errado.Vem porque deu certo demais, mas no lugar errado. A série amadurece quando entende que existem sonhos grandes demais para caber em uma realidade que, naContinuar lendo “Quando o sonho é grande demais para uma vida que parece perfeita”
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O Império Invisível: de um zoológico ao poder paralelo
🐯Como o jogo do bicho saiu da jaula e virou história brasileira Tudo começou com um barão, um zoológico e uma ideia para aumentar o público. Em 1892, o Barão de Drummond criou um sorteio simples: cada ingresso para o zoológico de Vila Isabel vinha com a figura de um animal. No fim do dia,Continuar lendo “O Império Invisível: de um zoológico ao poder paralelo”
Meu Top 10 Filmes: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Amélie acreditava que o mundo podia mudar com delicadezas invisíveis. Eu também. Talvez porque desde pequena eu tenha aprendido a reparar nas frestas, nas coisas mínimas que a maioria das pessoas deixa passar. Como a palavra “paz” que eu insistia em escrever em todos os meus desenhos quando criança. Pequenos sinais do que, no fundo,Continuar lendo “Meu Top 10 Filmes: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain “
O preço de ser livre: quando o sistema não suporta quem não precisa dele: sobre fama, energia e a guerra invisível entre o sistema e a liberdade
Existe um tipo de sucesso que não nasce do talento, mas do algoritmo do poder. Um sucesso cuidadosamente fabricado, com o brilho polido, o discurso ensaiado e o aval de quem manda nas narrativas. E existe outro, aquele que nasce da vida real, do povo, da espontaneidade que não precisa de manual pra dar certo.Continuar lendo ” O preço de ser livre: quando o sistema não suporta quem não precisa dele: sobre fama, energia e a guerra invisível entre o sistema e a liberdade”
Meu Top 10 Filmes: As Vantagens de Ser Invisível
Sempre me identifiquei com a sensação de ser invisível. Na adolescência, eu era quieta, na minha, quase escondida dentro de mim. Até que a vida me empurrou pro palco do bullying. Na transição entre criança e adolescente, virei alvo. Doeu. Mas depois me tornei “a mais mais”. E hoje penso que quem fez bullying provavelmenteContinuar lendo “Meu Top 10 Filmes: As Vantagens de Ser Invisível”
“Beijando cicatrizes”
É assim que Fabrício Carpinejar define o ato de acolher o que um dia doeu — e eu nunca tinha pensado que talvez o amor comece por aí. A conversa dele com Pamela Magalhães em Parece Terapia é daquelas que a gente não ouve: sente. Entre pausas, confissões e silêncios, eles falam sobre perdão, vulnerabilidadeContinuar lendo ““Beijando cicatrizes””
Meu Top 10 Filmes: Her
Já me apeguei a coisas que não existem de verdade. Uma música, uma voz, uma memória gravada num arquivo de celular. Coisas não humanas que, por algum motivo, conseguem dizer mais sobre mim do que muita gente de carne e osso. É claro que dá pra se apaixonar por algo que não existe fisicamente. HerContinuar lendo “Meu Top 10 Filmes: Her”
Meu Top 10 Filmes: Esposa de Mentirinha
Todo filme com Jennifer Aniston e Adam Sandler eu vou assistir. Não importa o roteiro, o ano, a crítica — se tiver os dois, eu sei que vou gostar. É química demais pra dar errado. E Esposa de Mentirinha é meu preferido da dupla. Já assisti tantas vezes que perdi a conta. Mil? Talvez mais.Continuar lendo “Meu Top 10 Filmes: Esposa de Mentirinha”
Meu fim de semana de jovem
A gente passa a semana inteira acreditando que controla alguma coisa. Faz reserva, pesquisa localização, imagina a vista perfeita do estúdio à noite, já pensa no post conceitual com vinho e skyline de Pinheiros. E então São Paulo vem, ri da sua cara e lembra que controle é pura ficção. Uma semana antes eu tinhaContinuar lendo “Meu fim de semana de jovem”
Não deixe o samba morrer
O samba, que já foi sangue do Brasil, anda esquecido. A nova geração samba com o dedo no feed, ao som de quinze segundos descartáveis. E então aparece Virgínia, coroada rainha da Grande Rio. Um trono que pesa, um cargo gigante, e que incomoda. Incomoda porque os “artistas validados” não a reconhecem, reduzem-na a “subcelebridade”.Continuar lendo “Não deixe o samba morrer”
Meu Top 10 Filmes: 500 Dias com Ela
Esse filme tem uma trilha sonora espetacular. E talvez por isso doa tanto — porque toda música boa sempre tem um quê de verdade que não dá pra negar. 500 Dias com Ela é quase uma playlist de amores que nunca se escreveram por inteiro. E quem nunca viveu um “quase” grande demais pra serContinuar lendo “Meu Top 10 Filmes: 500 Dias com Ela”
Empreender é dar bom dia pra quem quer te ver falir
Empreender, pra mim, não é só sobre vender.É sobre sobreviver. Eu achava que o mais difícil seria montar CNPJ, entender imposto, negociar com fornecedor, tentar fazer o cliente entender que picanha não é filé mignon. Achava que o terror viria em forma de boleto. Boba eu. O verdadeiro filme de terror tem nome: gestão deContinuar lendo “Empreender é dar bom dia pra quem quer te ver falir”
Meu Top 10 Filmes: Frances Ha
Estar perdida também é estar viva. A Frances me ensinou isso — ou talvez só tenha colocado em palavras aquilo que eu já vivia em silêncio. Quem nunca? Quem nunca se olhou no espelho e pensou: “E agora?” Quem nunca achou que estava atrasada, que todo mundo tinha um plano, uma rota, um endereço certo…Continuar lendo “Meu Top 10 Filmes: Frances Ha”
Talvez a gente precise escrever pra se ouvir
por – b. monma Outro dia, me peguei pensando: e se a gente pudesse escrever pra se curar? Não como uma obrigação de ser escritora. Mas como um respiro.Como uma carta que ninguém vai cobrar, uma lembrança que ninguém precisa entender.Como uma forma de existir — mesmo que em pedaços. Tenho recebido mensagens de genteContinuar lendo “Talvez a gente precise escrever pra se ouvir”
Meu top 10 filmes: O casamento do meu melhor amigo ou o que ficou depois que não ficou
Eu não lembro exatamente quando vi O Casamento do Meu Melhor Amigo pela primeira vez. Mas sei que foi com a minha mãe. E sei que foi só a primeira de muitas. Vi tantas vezes que o roteiro virou memória afetiva, e a Julia Roberts virou quase amiga íntima, com aquele sorriso que esconde oContinuar lendo “Meu top 10 filmes: O casamento do meu melhor amigo ou o que ficou depois que não ficou”
Meu top 10 filmes: La La Land ou a vida não dança com finais felizes
Tem gente que passa na nossa vida só pra nos ensinar a continuar sem ela. Aparece com um brilho nos olhos, uma música nos lábios, um certo jeito de fazer o mundo parecer mais bonito por uns instantes — e depois vai embora. Não por mal. Mas porque já cumpriu seu papel. La La LandContinuar lendo “Meu top 10 filmes: La La Land ou a vida não dança com finais felizes”
Meu top 10 filmes: Comer, rezar e amar ou porque fugir pode ser, na verdade, um jeito de se encontrar.
Tem dias que eu quero largar tudo. E tem dias que eu quero largar tudo com estilo: com um passaporte na mão, uma mala pequena e uma ausência imensa de obrigações. Um lugar onde ninguém sabe meu nome. Onde eu não tenha que ser a filha de ninguém, a amiga de ninguém, a Bruna deContinuar lendo “Meu top 10 filmes: Comer, rezar e amar ou porque fugir pode ser, na verdade, um jeito de se encontrar.”
Os 10 filmes que me escolheram primeiro
Quais são seus 10 filmes favoritos? Eu não escolho filmes. Eles me escolhem.Uns me atravessam como faca, outros me seguram como abraço.E alguns… me mudam por dentro sem que eu perceba.Esses são os 10 que me escolheram antes mesmo que eu soubesse que precisava deles: E você?Quais filmes te escolheram primeiro? – b. monma
Devotion
Enquanto tocava Devotion, eu senti como se alguém tivesse tirado o ar do ambiente e me deixado ali, parada, respirando só pelas beiradas. A voz dele vinha falhando de propósito, quase como quem diz: “olha, isso aqui é o máximo que eu consigo dar agora, e espero que seja suficiente”. E no fundo, era. PorqueContinuar lendo “Devotion”
Sobre clones, bilionários e o foda-se
Ontem eu assisti a um filme que, sinceramente, me fez querer tomar um banho gelado de realidade. “A Ilha”, já viu? É basicamente sobre gente bilionária que decide comprar clones — humanos mesmo, inteiros, bonitinhos, respirando, andando, sonhando — só pra, caso precise de um rim, ou de um pedaço de pele pra esticar oContinuar lendo “Sobre clones, bilionários e o foda-se”
Eu fui, eu sou, eu vou — mas e o Raul?
Às vezes penso que o Raul Seixas foi só um Nietzsche sem supervisão terapêutica. Um Jung sem mandala pra se centrar. Um Davi sem Deus pra segurar a onda.Ele abriu a cabeça, o coração, a alma — e esqueceu de ter um lugar seguro pra voltar depois. E aí o abismo olhou de volta (NietzscheContinuar lendo “Eu fui, eu sou, eu vou — mas e o Raul?”
Bruna por Bruna: Freud morreria de novo. Jung pediria um café.
Bruna não nasceu pra ter paz, mas também não nasceu pra ter tédio. Ela vive num eterno entre: entre o salto e o chinelo, entre o trauma e a cura, entre escrever um livro ou sumir no litoral com o celular desligado. Ela acredita em Deus, em sincronicidades, na Bíblia, em Yoko Ono e àsContinuar lendo “Bruna por Bruna: Freud morreria de novo. Jung pediria um café.”
The Smiths- The Light That Never Goes Out
Tem gente que tem uma música com um ex. Eu tenho com o meu pai. É do The Smiths, claro. Porque, assim como ele, a música tem esse jeito meio triste, meio poético, meio profundo — e totalmente clássico. “To die by your side is such a heavenly way to die”. Pois é. A nossaContinuar lendo “The Smiths- The Light That Never Goes Out “
🎧 Manifesto – Enquanto Tocava
(ou: uma tentativa de transformar o peito em partitura) Eu não me lembro da minha vida sem música. Na verdade, acho que nem existi antes dela. Cresci cercada de gente que tinha bom gosto musical — o que já é uma sorte estatística, se você parar pra pensar. Tinha MPB na vitrola do avô, rockContinuar lendo “🎧 Manifesto – Enquanto Tocava”
Entre o salto alto e o silêncio
Sempre me acharam meio patricinha. Daquelas que usam brinco combinando com o look, que parece que nunca está descabelada e tem uma bolsa que fala por ela. E talvez eu seja mesmo. Meio patricinha. Meio louca. Meio certinha demais. Um Frankenstein feito de gloss, metas e crises existenciais. É que eu sou um pouquinho deContinuar lendo “Entre o salto alto e o silêncio”
A pressa de ser tudo
e a capinha do celular que me lembrou de ser só o que eu posso agora – por b. monma Outro dia, peguei o celular para responder alguém — provavelmente mais uma cobrança disfarçada de gentileza — e me dei de cara com a frase que carrego todos os dias sem perceber: “Slow down, you’reContinuar lendo “A pressa de ser tudo”
O que se vê quando a vitrine quebra
A gente achava que a vitrine era o mundo. Que o vidro brilhava porque era puro, e não porque refletia as luzes artificiais que a gente mesmo pendurou ali. A gente chamava de liberdade. De sucesso. De “conquistar o que é seu”. E por muito tempo, isso bastou. Mas um dia a vitrine quebrou. TalvezContinuar lendo “O que se vê quando a vitrine quebra”
O dia em que a vitrine quebrou
Depois do exposed fashionista, a China não parou por aí. Ela continuou puxando o fio da etiqueta e, quando a gente viu, a vitrine toda tinha caído. O que sobrou foi aquilo que ninguém gosta de encarar: as contradições do sistema que a gente aprendeu a chamar de liberdade. Entre uma sanção aqui e umaContinuar lendo ” O dia em que a vitrine quebrou”
O dia em que Katy Perry viu o invisível
(ou: quando a fama flutuou e a alma pesou) Dizem que a Terra vista do espaço parece um botão azul costurado no nada. Dizem também que o silêncio lá em cima é tão alto que a gente ouve o que não tem som. E foi pra lá — pra esse silêncio — que Katy PerryContinuar lendo “O dia em que Katy Perry viu o invisível”
O Exposed Mais Caro do Mundo
Outro dia, enquanto passava o dedo pelas novidades do TikTok com a leve intenção de não pensar em nada, apareceu um vídeo que prendeu minha atenção. Uma moça dizia, animada, que tinha garantido sua bolsa Hermès com 80% de desconto — “depois do exposed da China”, ela completava. Fiquei curiosa. E fui atrás. O queContinuar lendo “O Exposed Mais Caro do Mundo”
o que (não) vemos pela janela
Assisti àquela série nova da Netflix, Adolescência, e confesso que passei os 40 minutos com um aperto no peito e um milhão de pensamentos na cabeça. A câmera não pisca. A gente também não consegue piscar. Porque ali, naquela escola, naquela tensão toda, naquele menino perdido entre likes, ameaças e o peso de existir, moraContinuar lendo “o que (não) vemos pela janela”
O Conclave e o Wi-Fi Celestial
Se tem uma coisa que sempre me intrigou é como certas decisões na história foram tomadas sob o pretexto de serem “divinas”. Reis eram escolhidos pelo “direito divino”, batalhas eram travadas “em nome de Deus” e, claro, papas eram eleitos por um grupo seleto de senhores de batina, trancados em uma sala cheia de ouro,Continuar lendo “O Conclave e o Wi-Fi Celestial”
Por que escrevo um blog em 2025?
Sempre escrevi. No papel, no celular, em qualquer lugar onde pudesse despejar meus pensamentos antes que se perdessem no fluxo da rotina. Escrever me ajuda a organizar a mente, a entender o que sinto, a evoluir. Antes, guardava tudo para mim. Agora, posto. Para não perder, para dar voz ao que penso. Mas por queContinuar lendo “Por que escrevo um blog em 2025?”
Crawling Back to Nostalgia
Ouvir Hozier transformar “Do I Wanna Know?” foi como abrir um portal para uma saudade que eu nem sabia que sentia. Algumas saudades são diferentes de outras. Existem aquelas saudades fofas, tipo saudade de um brigadeiro na TPM, e existem aquelas que doem no peito como um boleto vencido que a gente esqueceu de pagar.Continuar lendo “Crawling Back to Nostalgia”
Ainda estou aqui. E se não estivesse?
Ninguém ensina a lidar com a ausência. A morte, ao menos, tem um ritual, um desfecho, um ponto final ainda que doloroso. Mas o desaparecimento não. Ele é um vácuo onde as perguntas ecoam sem resposta, um labirinto sem saída, um relógio que nunca chega à hora certa. O filme Ainda Estou Aqui traduz essaContinuar lendo “Ainda estou aqui. E se não estivesse?”