sobre coroas, ilusões e o preço da evolução

Às vezes eu assisto séries de época para esquecer da vida, mas acabo lembrando demais. Comecei a rever The Tudors. Um desfile de coroas pesadas carregadas por gente leve demais. Um mundo governado por impulsos de homens que confundiam poder com permissão divina, e vaidade com destino. E enquanto eu via inocentes sendo arrancados daContinuar lendo “sobre coroas, ilusões e o preço da evolução”

Quando o sonho é grande demais para uma vida que parece perfeita

O que fica da quinta temporada de Emily in Paris não é sobre romance, looks ou cidades, é sobre tamanho. Às vezes, a dor não vem porque algo deu errado.Vem porque deu certo demais, mas no lugar errado. A série amadurece quando entende que existem sonhos grandes demais para caber em uma realidade que, naContinuar lendo “Quando o sonho é grande demais para uma vida que parece perfeita”

a beleza altamente despretensiosa de ser eu

Eu passei boa parte da minha vida tentando ser impecável.O problema é que a impecabilidade sempre teve o péssimo hábito de chegar atrasada.E eu, que sempre fui pontual com minhas próprias expectativas, vivia correndo atrás de uma versão minha que só existia nos dias bons e olhe lá. Foi aí que descobri uma filosofia japonesaContinuar lendo “a beleza altamente despretensiosa de ser eu”

Entre o raso e o profundo

Enquanto você dispara indiretas vazias no story, eu escrevo textos que respiram fundo e dizem o que você não tem coragem de nomear. Essa é a diferença. Tem gente que precisa de plateia para existir, eu preciso de silêncio. Tem quem escolha a provocação rasa, eu prefiro a palavra que atravessa. Enquanto uns acionam aContinuar lendo “Entre o raso e o profundo”

O Homem Que Não Cabia no Próprio Ego

Nem todo monstro late. Alguns chegam com sorriso de manual, perfume de respeito e promessas ensaiadas. Alguns te mandam bom dia com a mesma boca que mais tarde vai cuspir insultos. Eles não destroem móveis, destroem você. E ainda esperam ouvir “desculpa enquanto varre seus próprios cacos do chão. Ele entra na vida como quemContinuar lendo “O Homem Que Não Cabia no Próprio Ego”

A menina que queria aprender por música

Quando eu era criança, pedi para que a professora explicasse a matéria em formato de música. Ela achou estranho. Chamou minha mãe pra conversar. Talvez tenha visto ousadia, talvez insubordinação, mas no fundo eu só queria entender o mundo de um jeito que fizesse sentido pra mim. Enquanto uns aprendiam decorando fórmulas, eu precisava sentirContinuar lendo “A menina que queria aprender por música”

“Beijando cicatrizes”

É assim que Fabrício Carpinejar define o ato de acolher o que um dia doeu — e eu nunca tinha pensado que talvez o amor comece por aí. A conversa dele com Pamela Magalhães em Parece Terapia é daquelas que a gente não ouve: sente. Entre pausas, confissões e silêncios, eles falam sobre perdão, vulnerabilidadeContinuar lendo ““Beijando cicatrizes””

Entre o feminismo e o silêncio

Escrever, pra mim, é uma forma de cura. Não escrevo pra ser lida, escrevo pra existir. Mas ainda assim me escondo.Como se mostrar minha palavra fosse o mesmo que tirar a roupa diante do mundo. Talvez por isso admire tanto as mulheres que ousaram se despir em público não de corpo, mas de alma. AsContinuar lendo “Entre o feminismo e o silêncio”

Meu Top 10 Filmes: Frances Ha

Estar perdida também é estar viva. A Frances me ensinou isso — ou talvez só tenha colocado em palavras aquilo que eu já vivia em silêncio. Quem nunca? Quem nunca se olhou no espelho e pensou: “E agora?” Quem nunca achou que estava atrasada, que todo mundo tinha um plano, uma rota, um endereço certo…Continuar lendo “Meu Top 10 Filmes: Frances Ha”

Crônicas do Agora: A nova fé — entre a astrologia e a Bíblia, eu sou o templo

Me disseram que eu precisava escolher entre a cruz e o mapa astral. Mas no fundo, eu sabia: Deus sempre habitou onde minha intuição sentia paz. Tem gente que encontra Deus na igreja, outros no mar, no incenso, no louvor, no mantra. E tem gente — como eu — que encontra Ele no meio doContinuar lendo “Crônicas do Agora: A nova fé — entre a astrologia e a Bíblia, eu sou o templo”

O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)

Pra mim, sucesso tem cara de férias. Mas não daquelas férias cheias de roteiro e expectativa, que você volta mais cansada do que foi. Sucesso, pra mim, é viagem onde eu não tenho pressão pra fazer absolutamente nada. Onde posso acordar sem despertador, caminhar sem rumo, comer quando sentir fome e não quando o relógioContinuar lendo “O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)”

A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)

Sinto isso o tempo todo. Talvez seja a saudade da leveza despreocupada da juventude. De chegar em casa e ter comida pronta, roupa lavada, boletos inexistentes e dramas limitados a “será que ele vai me mandar mensagem?”. Tanto a infância quanto a adolescência eram mais leves — e não é papo de romantizar, é sóContinuar lendo “A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)”

Crônicas do Agora: O corpo real como rebelião silenciosa

Nem toda revolução faz barulho. Algumas andam de biquíni na beira do rio e se recusam a se odiar em frente ao espelho. Nos ensinaram a se esconder. A encolher a barriga. A cruzar os braços. A usar roupa preta pra “emagrecer visualmente”. Mas ninguém falou como é se olhar no espelho e não sentirContinuar lendo “Crônicas do Agora: O corpo real como rebelião silenciosa”

Crônicas do Agora: Vaidade com propósito — o espelho me viu primeiro

Antes de sair pra vida, eu me visto pra mim. O espelho é meu primeiro abraço — ou meu primeiro enfrentamento. Nem toda vaidade é vazia. Algumas são refúgio. Outras, armadura. Algumas vêm da autoestima. Outras, da necessidade de lembrar quem se é — quando o mundo tenta fazer esquecer. Tem dias que a roupaContinuar lendo “Crônicas do Agora: Vaidade com propósito — o espelho me viu primeiro”

Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)

Ninguém sabe o que tá fazendo. Sério. Nem eu, nem você, nem aquele teu conhecido que parece ter a vida perfeita no Instagram. No fundo, tá todo mundo improvisando. Uns mais desastrados, outros melhores na arte de fingir. Eu, por exemplo, já dei o maior mico da história recentemente: dei tchau pra alguém que nãoContinuar lendo “Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)”

Como redes sociais bagunçam seu cérebro (e sua vida inteira)

TikTok. A plataforma perfeita pra você se sentir atoa em HD. Eu sei porque já me peguei rolando por horas, o polegar adestrado, o olhar meio vidrado, o cérebro pingando dopamina baratinha — e depois? Depois vem o vazio, a sensação de “por que mesmo eu precisava saber como fazer torta de ricota em 12Continuar lendo “Como redes sociais bagunçam seu cérebro (e sua vida inteira)”

Meu top 10 filmes: Comer, rezar e amar ou porque fugir pode ser, na verdade, um jeito de se encontrar.

Tem dias que eu quero largar tudo. E tem dias que eu quero largar tudo com estilo: com um passaporte na mão, uma mala pequena e uma ausência imensa de obrigações. Um lugar onde ninguém sabe meu nome. Onde eu não tenha que ser a filha de ninguém, a amiga de ninguém, a Bruna deContinuar lendo “Meu top 10 filmes: Comer, rezar e amar ou porque fugir pode ser, na verdade, um jeito de se encontrar.”

Sobre Deus, religião e meu altar particular

Sempre me achei meio herege. Mas não do tipo que rejeita Deus — do tipo que acha Ele tão grande, tão vasto, que não pode caber numa só doutrina. Eu gosto de rezar o Pai Nosso, mas também acendo incenso. Carrego cristal na bolsa, mas também folheio a Bíblia e faço o sinal da cruzContinuar lendo “Sobre Deus, religião e meu altar particular”

O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)

Às vezes me sinto completamente improdutiva. Tipo um domingo arrastado em que não fiz nada além de existir — e talvez nem isso direito. Mas, curiosamente, eu me permito. Porque eu gosto. Eu gosto tanto de não fazer nada que chega a ser quase uma arte. Acho que me recarrego assim, sozinha, meio de dentro,Continuar lendo “O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)”

Sobre quem eu sou sem as minhas máscaras

Às vezes me pergunto quem eu seria se tirasse tudo. Se deixasse de lado o medo, a vaidade, a mania de agradar, o trauma disfarçado de sarcasmo. Se largasse as poses que inventei pra caber melhor no mundo. Quem restaria? Quero acreditar que seria o que Jung chama de Self — meu espírito na formaContinuar lendo “Sobre quem eu sou sem as minhas máscaras”

Sobre transformar o peso em força

Outro dia me peguei pensando em quantas vidas moram dentro de mim. Sou filha, neta, bisneta de histórias que nem sei direito, mas que de algum jeito me moldam. Carrego medos que não são meus, culpas herdadas, padrões repetidos com tanto zelo que parecem quase devoção. Por muito tempo achei que isso era injusto. PorContinuar lendo “Sobre transformar o peso em força”

Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado

Costas, ombros, pescoço. É ali que mora a minha vida adulta. Ou, pelo menos, é ali que ela decide se manifestar em forma de peso, aperto, torcicolo, travada de quem dormiu errado — ou só vive errado mesmo. Eu durmo bem, confesso. Mas queria dormir mais. Tipo 12 horas, igual adolescente sem boletos, sem responsabilidades,Continuar lendo “Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado”

Sobre sentir demais (e organizar o caos)

Tem dias que eu acordo carregando o mundo nas costas. E nem é força de expressão — sinto mesmo o peso do que não é meu: a dor do outro, o medo coletivo, as tragédias que nem aconteceram mas eu já sofro por antecipação. Ser sensível é bonito na bio do Instagram, mas na práticaContinuar lendo “Sobre sentir demais (e organizar o caos)”

Sobre sombras e a mulher que escolho ser

Às vezes acho que estou no meio de uma travessia estranha: entre a mulher que esperaram que eu fosse e a mulher que eu, teimosa, decidi ser. É um caminho meio solitário, confesso. Porque a cada passo deixo pra trás uma expectativa, um rótulo, uma conveniência que fazia minha vida caber melhor nos olhos dosContinuar lendo “Sobre sombras e a mulher que escolho ser”

O que não é meu, eu não guardo mais

Nesse novo ciclo, não vou guardar mais nada que não é meu pra mim. Não vou arquivar ressentimentos, nem colecionar culpas que não me pertencem. Chega de carregar pesos invisíveis nos ombros, como se eu tivesse nascido para ser depósito de dores alheias. Se é seu, que volte pra você. Se é do mundo, queContinuar lendo “O que não é meu, eu não guardo mais”

Hoje é meu aniversário

Acordei com dor nas costas (29 tem dessas). Sim, 29 anos chegam com boletos, responsabilidades… e esse tipo de recado do corpo. Mas tudo bem: se tem uma coisa que aprendi é que até a dor pode ser um lembrete de que estou viva. E isso, no fim, já é presente. Sou grata ao meuContinuar lendo “Hoje é meu aniversário”

Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)

Amar é talvez o tema mais batido e ainda assim mais bagunçado que existe. Eu carrego inseguranças até hoje por conta de relacionamentos anteriores — medo de ser trocada, medo de não ser suficiente, medo de amar mais do que o outro. E por mais que eu tente romper padrões, às vezes parece que elesContinuar lendo “Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)”

Bem-vindo, agosto

Chega agosto e, com ele, aquela sensação de começo. Não é janeiro, não é segunda-feira, mas é o mês em que a vida parece me chamar pelo nome e dizer: agora é você. Agosto é meu mês de florescer, de relembrar quem eu sou, de agradecer por mais um ciclo e também de me permitirContinuar lendo “Bem-vindo, agosto”

Sobre escolhas e fantasmas invisíveis

Ando pensando se sou mesmo tão livre quanto gosto de me achar. Porque, olha só, a teoria é linda: você faz suas próprias escolhas, constrói sua vida, dirige seu destino. Mas aí eu paro e penso: até que ponto sou eu mesma que escolho? E até que ponto sou apenas um monte de vozes antigasContinuar lendo “Sobre escolhas e fantasmas invisíveis”

Sobre paciência (ou a falta dela)

Ah, paciência… Palavrinha bonita pra um troço que me escapa com a mesma facilidade de água entre os dedos. Me dizem pra confiar, pra deixar a vida fluir, pra soltar o controle — e eu rio, meio nervosa, porque controlar as coisas é meu passatempo favorito. Dá uma falsa sensação de poder, quase confortável. Quase.Continuar lendo “Sobre paciência (ou a falta dela)”

De canto em canto, eu fui ficando

Se tem uma coisa que sempre me acompanhou, além da minha franja torta nas fotos da 7°ano e do drama leonino desnecessário, foi esse dom esquisito de caber em mais de um lugar. Nunca fui de panelinha. Eu era o tempero. Aquela que se dava bem com todo mundo, mas não se perdia em ninguémContinuar lendo “De canto em canto, eu fui ficando”

The Last of My Twenties

No próximo dia 2 de agosto, eu completo 29 anos. E, como todo ano, o universo já começou a me cutucar — às vezes de leve, às vezes com um empurrão que quase me derruba, mas sempre com alguma intenção. Essa semana, por exemplo, postei três textos no blog em um único dia. Três. AcreditoContinuar lendo “The Last of My Twenties”

Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)

Eu me pego postergando tudo que possa ser postergado. Tudo. Se der pra deixar pra amanhã, eu deixo. E o mais engraçado, ou triste, não sei, é que a única coisa que faço antes de qualquer prazo é sofrer por antecedência. Meu corpo reage de formas bem criativas: ansiedade que parece um ninho de abelhasContinuar lendo “Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)”

Eu, dramática por destino (e com mapa astral pra provar)

Gente, assim…Eu sempre soube. Antes de qualquer mapa astral, antes de Vênus, antes de casas e graus — eu já me conhecia o suficiente pra saber que tinha alguma coisa de exagerada, teatral e levemente (ou não tão levemente) dramática rolando aqui. Então foi meio óbvio quando o universo, via Astro.com e suas efemérides suíçasContinuar lendo “Eu, dramática por destino (e com mapa astral pra provar)”

O dinheiro é emocional (não só matemático)

Dinheiro sempre foi uma presença curiosa na minha vida. Não posso dizer que cresci na escassez, nem que vivi rodeada de luxo desde o começo. Teve momentos mais apertados, teve fases de abundância. No meio de tudo isso, eu — uma criança mimada, que quase sempre teve o que quis, sem precisar esperar muito. QuandoContinuar lendo “O dinheiro é emocional (não só matemático)”

Antes que a situação mude, Ele muda o coração

Hoje eu entendi, Deus.Entendi que às vezes o Senhor não muda a situação porque está ocupado demais mudando o meu coração. Eu podia jurar que era só o vinho. Mas não era só o vinho. Era o ambiente, o peso que pairava no ar, as pequenas farpas invisíveis que entraram sem pedir licença.Meu corpo vomitouContinuar lendo “Antes que a situação mude, Ele muda o coração”

Seu cérebro só termina de amadurecer lá pelos 30 (então relaxa… mais ou menos)

Eu penso tão diferente de quando tinha 20 anos que às vezes tenho vontade de ligar praquela eu do passado e dizer:“Amiga, você não faz ideia. E, honestamente, nem eu.” A verdade é que sinto que tô passando pela crise dos trinta já faz uns dois anos — sendo que só faço 30 no anoContinuar lendo “Seu cérebro só termina de amadurecer lá pelos 30 (então relaxa… mais ou menos)”

Sobre o caminho certo

Sabe o que me atormenta às vezes? Esse medo bobo de estar indo pelo caminho errado. Como se existisse uma placa em algum lugar escrito “Bruna, é por aqui, sua tonta” e eu, claro, tivesse passado direto porque estava distraída pensando no que sentir. Eu queria um Waze da alma, com voz suave me dizendo:Continuar lendo “Sobre o caminho certo”

Manifesto: Como virar adulto sem se sentir um completo fracasso

Escrever e pesquisar me ajudam a evoluir. Talvez esse seja o único caminho que encontrei pra não surtar de vez: entender por que sinto o que sinto, por que faço o que faço, por que às vezes acordo tão leve e outras tão esmagada pelo peso do mundo. Essa série nasceu disso, de uma tentativaContinuar lendo “Manifesto: Como virar adulto sem se sentir um completo fracasso”

Você não precisa saber o que vai ser quando crescer agora

Oi, meu pequeno caos ambulante, Eu sei. Parece que o mundo inteiro tá com pressa pra enfiar você dentro de uma caixa bonita, etiquetada e com um lacinho que diga: “esse aqui já sabe o que vai ser quando crescer.” Mas deixa eu te falar uma coisa que ninguém tem coragem de dizer: você nãoContinuar lendo “Você não precisa saber o que vai ser quando crescer agora”

Sobre ver demais

Outro dia me peguei pensando se esse meu hábito de cavar sentido em tudo é benção ou cilada. Se esse jeito de sondar o invisível, fuçar silêncio e farejar nuances é um dom espiritual ou só o meu jeito preferido de enlouquecer com classe. Tem gente que vive no raso, e olha — admiro. DeveContinuar lendo “Sobre ver demais”

Bruna por Bruna: Freud morreria de novo. Jung pediria um café.

Bruna não nasceu pra ter paz, mas também não nasceu pra ter tédio. Ela vive num eterno entre: entre o salto e o chinelo, entre o trauma e a cura, entre escrever um livro ou sumir no litoral com o celular desligado. Ela acredita em Deus, em sincronicidades, na Bíblia, em Yoko Ono e àsContinuar lendo “Bruna por Bruna: Freud morreria de novo. Jung pediria um café.”

Capítulo 5- Espiritualidade entre gerações: entre a culpa, o sagrado e a busca por sentido

Nem toda fé nasce de luz. Às vezes, ela nasce do medo. Da dor. Do desespero. Cada geração, à sua maneira, tentou fazer sentido da vida — ou, ao menos, suportar o absurdo dela. A forma muda. Mas o vazio, esse… é universal. 🙏🏼 Geração Silenciosa (1928–1945): fé como obediência Deus era figura de autoridade. IgrejaContinuar lendo “Capítulo 5- Espiritualidade entre gerações: entre a culpa, o sagrado e a busca por sentido”

A pressa de ser tudo

e a capinha do celular que me lembrou de ser só o que eu posso agora – por b. monma Outro dia, peguei o celular para responder alguém — provavelmente mais uma cobrança disfarçada de gentileza — e me dei de cara com a frase que carrego todos os dias sem perceber: “Slow down, you’reContinuar lendo “A pressa de ser tudo”

a espada era minha

Na noite do dia 22 pro dia 23 de abril, eu sonhei que era uma rainha. Mas não dessas que usa coroa de ouro, manda nas pessoas ou tem um castelo com torre. Era uma rainha que andava — não no salto — mas arrastando uma espada enorme no chão. Pesada. Tão grande que davaContinuar lendo “a espada era minha”

O milagre possível

Tem dias em que a gente acorda com vontade de ficar. Ficar em silêncio, ficar na nossa, ficar longe de tudo que pesa. Mas aí lembra que é Páscoa. Que tem almoço em família. Que tem presença marcada, cadeira reservada, e uma parte nossa que quer — apesar de tudo — estar lá. Mas aContinuar lendo “O milagre possível”

Como vou realizar isso?

Outro dia, anotei no caderno três coisas que eu queria ser: menos reativa, mais poética e um pouco mais minha. Simples assim. Três frases curtas, que de tão simples quase passam batido… mas que, na prática, são uma revolução disfarçada de meta do mês. Ser menos reativa, por exemplo, parece fácil até o momento emContinuar lendo “Como vou realizar isso?”

Monma: Entre Portais, Entre Mundos e Entre o Caos da Minha Mente

Eu só queria descobrir o significado do meu sobrenome. Uma pesquisa rápida, nada muito profundo. Mas, como tudo na minha vida, as coisas nunca acontecem de forma linear e simples. Comecei buscando uma resposta e, antes que percebesse, já estava cogitando largar tudo, virar budista e me mudar para o Japão para meditar nas montanhas.Continuar lendo “Monma: Entre Portais, Entre Mundos e Entre o Caos da Minha Mente”

Crawling Back to Nostalgia

Ouvir Hozier transformar “Do I Wanna Know?” foi como abrir um portal para uma saudade que eu nem sabia que sentia. Algumas saudades são diferentes de outras. Existem aquelas saudades fofas, tipo saudade de um brigadeiro na TPM, e existem aquelas que doem no peito como um boleto vencido que a gente esqueceu de pagar.Continuar lendo “Crawling Back to Nostalgia”

Entre a Fé e o Limbo

Tem dias em que eu acordo achando que agora vai. Que finalmente a vida entendeu que já me testou o suficiente e que, a partir daqui, tudo vai fluir. Mas, no minuto seguinte, ela dá risada na minha cara e sussurra: “Não vai não.” E então vem o peso. O peso de quem já tentouContinuar lendo “Entre a Fé e o Limbo”

Organizando as Prateleiras Mentais: Como Pilates, Meditação, Som e a Escrita Viraram Meus Melhores Funcionários

Meu avô dizia: “Corpo são, mente sã.” E eu, teimosa que sou, demorei para entender que essa frase não era só um bom bordão de filme de coach. Mas a vida – essa professora insistente – fez questão de me mostrar na prática. Nos últimos tempos, entre um devaneio sobre propósito e um surto (nãoContinuar lendo “Organizando as Prateleiras Mentais: Como Pilates, Meditação, Som e a Escrita Viraram Meus Melhores Funcionários”

Já escolheu uma roupa só pelo que queria sentir?

Tem dias em que a gente escolhe uma roupa pelo espelho. E tem dias em que a gente escolhe uma roupa pelo peito. Porque não é só tecido, corte e caimento. É uma armadura, um grito, um abraço ou uma tentativa frustrada de se esconder do mundo. Tem dias em que eu quero ser notada.Continuar lendo “Já escolheu uma roupa só pelo que queria sentir?”

O grilo, o destino e nossa mania de ver sinais em tudo

Outro dia, um grilo entrou na minha casa. Pequeno, esverdeado, pulando sem rumo aparente. Mas, na minha cabeça, ele não estava ali por acaso. Eu fiquei olhando pra ele. Ele ficou olhando pra mim. E eu, claro, já comecei: O que isso significa? Será que é um aviso? Um presságio? Um sinal do universo? PegueiContinuar lendo “O grilo, o destino e nossa mania de ver sinais em tudo”

Manual (Nada Prático) do Autoconhecimento

Se autoconhecer é maravilhoso, dizem. Um caminho de luz, falam. Mas ninguém te avisa que, no meio do processo, você vai se pegar chorando porque percebeu que repete os mesmos padrões que jurou que nunca mais repetiria. Ou que vai estar no meio de um surto existencial no trabalho, encarando o nada como se eleContinuar lendo “Manual (Nada Prático) do Autoconhecimento”

O Peso do Mundo e Outros B.O.s

Outro dia acordei com uma certeza: estou exausta de carregar o mundo nas costas. E antes que você me pergunte “mas quem te deu essa missão?”, já adianto que ninguém deu. Peguei por conta própria. Fui lá e me servi de um pratão de responsabilidades emocionais, existenciais e financeiras, tudo regado a um molho agridoceContinuar lendo “O Peso do Mundo e Outros B.O.s”

O Peso do Bom Coração

Tem gente que nasce com um coração que transborda. Daqueles que não sabem amar pela metade, que se jogam de olhos fechados, que fazem o impossível por quem nem sempre faria o mínimo por eles. E o mais curioso é que, no meio disso tudo, essas pessoas não sentem que estão perdendo nada—até o diaContinuar lendo “O Peso do Bom Coração”

E se eu tivesse nascido um dia antes?

Dizem que cada detalhe muda tudo. Uma borboleta bate as asas na China, e um motoboy se atrasa na minha cidade. O caos do universo é meticulosamente coordenado pelo acaso, e eu fico aqui, deitada na cama, olhando para o teto, me perguntando: e se eu tivesse nascido no dia 1º de agosto em vezContinuar lendo “E se eu tivesse nascido um dia antes?”

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