Escrever, mesmo quando dá medo

Não foi uma epifania. Foi uma dúvida. Aquelas que não chegam gritando, chegam sentando no sofá, cruzando as pernas, olhando pra você como quem diz: “e o futuro?” Escrever sempre foi o jeito que encontrei de colocar minhas ideias no mundo. Não porque eu quisesse ser ouvida. Mas porque, se eu não escrevesse, elas ficavamContinuar lendo “Escrever, mesmo quando dá medo”

O que mudou em mim nos últimos tempos

Quais habilidades ou lições você aprendeu nos últimos tempos? Nos últimos tempos, aprendi mais lições do que habilidades técnicas. Aprendi a ficar em silêncio quando antes eu explicaria demais. A não reagir imediatamente, porque nem tudo merece resposta. Aprendi que maturidade não é endurecer, é escolher onde colocar a energia. Aprendi a confiar mais naContinuar lendo “O que mudou em mim nos últimos tempos”

a beleza altamente despretensiosa de ser eu

Eu passei boa parte da minha vida tentando ser impecável.O problema é que a impecabilidade sempre teve o péssimo hábito de chegar atrasada.E eu, que sempre fui pontual com minhas próprias expectativas, vivia correndo atrás de uma versão minha que só existia nos dias bons e olhe lá. Foi aí que descobri uma filosofia japonesaContinuar lendo “a beleza altamente despretensiosa de ser eu”

Cinco coisas que eu faço bem

Diga cinco coisas que você faz bem. 1. Eu sinto. Sinto antes de entender, sinto mais do que deveria, sinto até o que não é meu. Carrego presságios, energias, silêncios e intenções. Minha sensibilidade é faca e flor — corta e cura — e eu aprendi a existir com as duas. 2. Eu escrevo oContinuar lendo “Cinco coisas que eu faço bem”

Entre o raso e o profundo

Enquanto você dispara indiretas vazias no story, eu escrevo textos que respiram fundo e dizem o que você não tem coragem de nomear. Essa é a diferença. Tem gente que precisa de plateia para existir, eu preciso de silêncio. Tem quem escolha a provocação rasa, eu prefiro a palavra que atravessa. Enquanto uns acionam aContinuar lendo “Entre o raso e o profundo”

Quando a promessa ainda assusta e o coração ainda não está pronto

Ainda não estou pronta. E, pela primeira vez, isso não soa como fraqueza. Soa como verdade. Existe um tempo em que Deus sussurra promessas no nosso espírito e, mesmo assim, o peito fica pequeno demais pra caber tudo. É o tempo entre ouvir e entender. Entre receber e viver. Entre plantar e colher. E talvezContinuar lendo “Quando a promessa ainda assusta e o coração ainda não está pronto”

A menina que queria aprender por música

Quando eu era criança, pedi para que a professora explicasse a matéria em formato de música. Ela achou estranho. Chamou minha mãe pra conversar. Talvez tenha visto ousadia, talvez insubordinação, mas no fundo eu só queria entender o mundo de um jeito que fizesse sentido pra mim. Enquanto uns aprendiam decorando fórmulas, eu precisava sentirContinuar lendo “A menina que queria aprender por música”

“Beijando cicatrizes”

É assim que Fabrício Carpinejar define o ato de acolher o que um dia doeu — e eu nunca tinha pensado que talvez o amor comece por aí. A conversa dele com Pamela Magalhães em Parece Terapia é daquelas que a gente não ouve: sente. Entre pausas, confissões e silêncios, eles falam sobre perdão, vulnerabilidadeContinuar lendo ““Beijando cicatrizes””

Entre o feminismo e o silêncio

Escrever, pra mim, é uma forma de cura. Não escrevo pra ser lida, escrevo pra existir. Mas ainda assim me escondo.Como se mostrar minha palavra fosse o mesmo que tirar a roupa diante do mundo. Talvez por isso admire tanto as mulheres que ousaram se despir em público não de corpo, mas de alma. AsContinuar lendo “Entre o feminismo e o silêncio”

O fim da ressaca como identidade

Durante muito tempo, a ressaca foi uma medalha. Sinal de que você viveu, curtiu, sobreviveu à própria intensidade. Era quase uma gíria geracional: “tô acabada, mas foi bom demais”. Hoje, essa frase soa datada. A ressaca perdeu o glamour. A nova geração não quer pagar o preço da euforia. O álcool deixou de ser oContinuar lendo “O fim da ressaca como identidade”

Entre o fogo e o mar

Há dias em que minha alma pede fogo: intensidade, paixão, aquele arrebatamento que consome. Outros dias, ela pede o mar: vastidão, paz, o silêncio que abraça. E eu, como sempre, fico no entre. A fé cristã me sussurra que o “entre” é um lugar de travessia. Como o povo no deserto, entre a escravidão eContinuar lendo “Entre o fogo e o mar”

A hora em que a noite dormiu

Eu nasci em 96. Vivi a noite de São Paulo na época em que ela parecia infinita: 1h da manhã e o fim de semana só estava começando, balada era ritual, e o copo cheio fazia parte do uniforme. Esse último fim de semana na cidade me deu outro retrato. À uma da manhã, portasContinuar lendo “A hora em que a noite dormiu”

Meu fim de semana de jovem

A gente passa a semana inteira acreditando que controla alguma coisa. Faz reserva, pesquisa localização, imagina a vista perfeita do estúdio à noite, já pensa no post conceitual com vinho e skyline de Pinheiros. E então São Paulo vem, ri da sua cara e lembra que controle é pura ficção. Uma semana antes eu tinhaContinuar lendo “Meu fim de semana de jovem”

Quando eu piso em São Paulo, algo em mim desperta

Não é só o barulho das ruas, nem o trânsito que nunca dorme. É como se a cidade tivesse um coração que pulsa fora do peito, e eu sinto esse compasso dentro de mim. Ela é inspiradora e visceral porque não pede licença, ela simplesmente é. São Paulo me lembra que eu também posso serContinuar lendo “Quando eu piso em São Paulo, algo em mim desperta”

Talvez a gente precise escrever pra se ouvir

por – b. monma Outro dia, me peguei pensando: e se a gente pudesse escrever pra se curar? Não como uma obrigação de ser escritora. Mas como um respiro.Como uma carta que ninguém vai cobrar, uma lembrança que ninguém precisa entender.Como uma forma de existir — mesmo que em pedaços. Tenho recebido mensagens de genteContinuar lendo “Talvez a gente precise escrever pra se ouvir”

O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)

Pra mim, sucesso tem cara de férias. Mas não daquelas férias cheias de roteiro e expectativa, que você volta mais cansada do que foi. Sucesso, pra mim, é viagem onde eu não tenho pressão pra fazer absolutamente nada. Onde posso acordar sem despertador, caminhar sem rumo, comer quando sentir fome e não quando o relógioContinuar lendo “O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)”

A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)

Sinto isso o tempo todo. Talvez seja a saudade da leveza despreocupada da juventude. De chegar em casa e ter comida pronta, roupa lavada, boletos inexistentes e dramas limitados a “será que ele vai me mandar mensagem?”. Tanto a infância quanto a adolescência eram mais leves — e não é papo de romantizar, é sóContinuar lendo “A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)”

Meu top 10 filmes: O casamento do meu melhor amigo ou o que ficou depois que não ficou

Eu não lembro exatamente quando vi O Casamento do Meu Melhor Amigo pela primeira vez. Mas sei que foi com a minha mãe. E sei que foi só a primeira de muitas. Vi tantas vezes que o roteiro virou memória afetiva, e a Julia Roberts virou quase amiga íntima, com aquele sorriso que esconde oContinuar lendo “Meu top 10 filmes: O casamento do meu melhor amigo ou o que ficou depois que não ficou”

Crônicas do Agora: O corpo real como rebelião silenciosa

Nem toda revolução faz barulho. Algumas andam de biquíni na beira do rio e se recusam a se odiar em frente ao espelho. Nos ensinaram a se esconder. A encolher a barriga. A cruzar os braços. A usar roupa preta pra “emagrecer visualmente”. Mas ninguém falou como é se olhar no espelho e não sentirContinuar lendo “Crônicas do Agora: O corpo real como rebelião silenciosa”

Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)

Ninguém sabe o que tá fazendo. Sério. Nem eu, nem você, nem aquele teu conhecido que parece ter a vida perfeita no Instagram. No fundo, tá todo mundo improvisando. Uns mais desastrados, outros melhores na arte de fingir. Eu, por exemplo, já dei o maior mico da história recentemente: dei tchau pra alguém que nãoContinuar lendo “Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)”

Meu top 10 filmes: La La Land ou a vida não dança com finais felizes

Tem gente que passa na nossa vida só pra nos ensinar a continuar sem ela. Aparece com um brilho nos olhos, uma música nos lábios, um certo jeito de fazer o mundo parecer mais bonito por uns instantes — e depois vai embora. Não por mal. Mas porque já cumpriu seu papel. La La LandContinuar lendo “Meu top 10 filmes: La La Land ou a vida não dança com finais felizes”

Como redes sociais bagunçam seu cérebro (e sua vida inteira)

TikTok. A plataforma perfeita pra você se sentir atoa em HD. Eu sei porque já me peguei rolando por horas, o polegar adestrado, o olhar meio vidrado, o cérebro pingando dopamina baratinha — e depois? Depois vem o vazio, a sensação de “por que mesmo eu precisava saber como fazer torta de ricota em 12Continuar lendo “Como redes sociais bagunçam seu cérebro (e sua vida inteira)”

Meu top 10 filmes: Comer, rezar e amar ou porque fugir pode ser, na verdade, um jeito de se encontrar.

Tem dias que eu quero largar tudo. E tem dias que eu quero largar tudo com estilo: com um passaporte na mão, uma mala pequena e uma ausência imensa de obrigações. Um lugar onde ninguém sabe meu nome. Onde eu não tenha que ser a filha de ninguém, a amiga de ninguém, a Bruna deContinuar lendo “Meu top 10 filmes: Comer, rezar e amar ou porque fugir pode ser, na verdade, um jeito de se encontrar.”

Sobre Deus, religião e meu altar particular

Sempre me achei meio herege. Mas não do tipo que rejeita Deus — do tipo que acha Ele tão grande, tão vasto, que não pode caber numa só doutrina. Eu gosto de rezar o Pai Nosso, mas também acendo incenso. Carrego cristal na bolsa, mas também folheio a Bíblia e faço o sinal da cruzContinuar lendo “Sobre Deus, religião e meu altar particular”

Sobre as coincidências que têm cara de recado

Eu sei, pode parecer bobagem. Mas tenho essa mania de dar importância pras pequenas coincidências. Tipo quando olho o relógio e tá 22:22, ou quando uma música começa a tocar justo no exato momento em que penso em alguém. Pra muita gente é só acaso. Mas pra mim tem gosto de bilhete secreto do universo,Continuar lendo “Sobre as coincidências que têm cara de recado”

a mulher do olho roxo

há uma mulher que não enxerga com os olhos. os olhos dela são distrações, janelas enganosas, cortinas de fumaça pra quem acha que vê. ela vê por dentro. ela vê com o que pulsa entre as sobrancelhas. um olho só, no meio do silêncio, feito portal, feito promessa, feito cicatriz que virou clarão. ela vêContinuar lendo “a mulher do olho roxo”

O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)

Às vezes me sinto completamente improdutiva. Tipo um domingo arrastado em que não fiz nada além de existir — e talvez nem isso direito. Mas, curiosamente, eu me permito. Porque eu gosto. Eu gosto tanto de não fazer nada que chega a ser quase uma arte. Acho que me recarrego assim, sozinha, meio de dentro,Continuar lendo “O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)”

Sobre quem eu sou sem as minhas máscaras

Às vezes me pergunto quem eu seria se tirasse tudo. Se deixasse de lado o medo, a vaidade, a mania de agradar, o trauma disfarçado de sarcasmo. Se largasse as poses que inventei pra caber melhor no mundo. Quem restaria? Quero acreditar que seria o que Jung chama de Self — meu espírito na formaContinuar lendo “Sobre quem eu sou sem as minhas máscaras”

Sobre transformar o peso em força

Outro dia me peguei pensando em quantas vidas moram dentro de mim. Sou filha, neta, bisneta de histórias que nem sei direito, mas que de algum jeito me moldam. Carrego medos que não são meus, culpas herdadas, padrões repetidos com tanto zelo que parecem quase devoção. Por muito tempo achei que isso era injusto. PorContinuar lendo “Sobre transformar o peso em força”

O que cabe em mim

Qual item mais importante que você carrega o tempo todo? Carrego comigo muito mais do que cabe na bolsa ou no bolso. Trago um punhado de memórias que insistem em me visitar nas horas mais improváveis, um coração que ainda acredita no impossível, e uma fé que, mesmo em silêncio, nunca deixou de me guiar.Continuar lendo “O que cabe em mim”

Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado

Costas, ombros, pescoço. É ali que mora a minha vida adulta. Ou, pelo menos, é ali que ela decide se manifestar em forma de peso, aperto, torcicolo, travada de quem dormiu errado — ou só vive errado mesmo. Eu durmo bem, confesso. Mas queria dormir mais. Tipo 12 horas, igual adolescente sem boletos, sem responsabilidades,Continuar lendo “Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado”

Num universo alternativo…

Descreva sua vida em um universo alternativo. Eu acordo sem pressa, sem despertador, sem pendências emocionais não resolvidas. Tenho uma varanda de frente pro mar e uma cabeça que não inventa tempestades onde só tem brisa. Minha terapia é caminhar descalça, minha rotina tem cheiro de café fresco e silêncio, e minhas palavras são minhaContinuar lendo “Num universo alternativo…”

Sobre sentir demais (e organizar o caos)

Tem dias que eu acordo carregando o mundo nas costas. E nem é força de expressão — sinto mesmo o peso do que não é meu: a dor do outro, o medo coletivo, as tragédias que nem aconteceram mas eu já sofro por antecipação. Ser sensível é bonito na bio do Instagram, mas na práticaContinuar lendo “Sobre sentir demais (e organizar o caos)”

Sobre sombras e a mulher que escolho ser

Às vezes acho que estou no meio de uma travessia estranha: entre a mulher que esperaram que eu fosse e a mulher que eu, teimosa, decidi ser. É um caminho meio solitário, confesso. Porque a cada passo deixo pra trás uma expectativa, um rótulo, uma conveniência que fazia minha vida caber melhor nos olhos dosContinuar lendo “Sobre sombras e a mulher que escolho ser”

Hoje é meu aniversário

Acordei com dor nas costas (29 tem dessas). Sim, 29 anos chegam com boletos, responsabilidades… e esse tipo de recado do corpo. Mas tudo bem: se tem uma coisa que aprendi é que até a dor pode ser um lembrete de que estou viva. E isso, no fim, já é presente. Sou grata ao meuContinuar lendo “Hoje é meu aniversário”

Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)

Amar é talvez o tema mais batido e ainda assim mais bagunçado que existe. Eu carrego inseguranças até hoje por conta de relacionamentos anteriores — medo de ser trocada, medo de não ser suficiente, medo de amar mais do que o outro. E por mais que eu tente romper padrões, às vezes parece que elesContinuar lendo “Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)”

Bem-vindo, agosto

Chega agosto e, com ele, aquela sensação de começo. Não é janeiro, não é segunda-feira, mas é o mês em que a vida parece me chamar pelo nome e dizer: agora é você. Agosto é meu mês de florescer, de relembrar quem eu sou, de agradecer por mais um ciclo e também de me permitirContinuar lendo “Bem-vindo, agosto”

Sobre escolhas e fantasmas invisíveis

Ando pensando se sou mesmo tão livre quanto gosto de me achar. Porque, olha só, a teoria é linda: você faz suas próprias escolhas, constrói sua vida, dirige seu destino. Mas aí eu paro e penso: até que ponto sou eu mesma que escolho? E até que ponto sou apenas um monte de vozes antigasContinuar lendo “Sobre escolhas e fantasmas invisíveis”

A franja como metáfora ✂️✨

A franja nunca é neutra. Ela não chega de mansinho. Ela chega dizendo: “segura quem pode”. Carrega consigo o peso leve dos anos 70, quando o mundo queria quebrar padrões, soltar as amarras e dançar ao som da própria liberdade. Mas também sabe ser atual, moderna, cool — porque quem tem franja não precisa gritarContinuar lendo “A franja como metáfora ✂️✨”

Sobre paciência (ou a falta dela)

Ah, paciência… Palavrinha bonita pra um troço que me escapa com a mesma facilidade de água entre os dedos. Me dizem pra confiar, pra deixar a vida fluir, pra soltar o controle — e eu rio, meio nervosa, porque controlar as coisas é meu passatempo favorito. Dá uma falsa sensação de poder, quase confortável. Quase.Continuar lendo “Sobre paciência (ou a falta dela)”

Depende do dia, do signo e do humor

Como você se descreveria para alguém? Acho que eu me descreveria como uma colagem ambulante. Feita de fases, de traços que mudam com o tempo, de pedaços que nem sempre combinam, mas se encaixam. Tenho dias de intensidade leonina e outros de silêncio quase monástico. Gosto de gente, mas amo estar sozinha. Às vezes souContinuar lendo “Depende do dia, do signo e do humor”

De canto em canto, eu fui ficando

Se tem uma coisa que sempre me acompanhou, além da minha franja torta nas fotos da 7°ano e do drama leonino desnecessário, foi esse dom esquisito de caber em mais de um lugar. Nunca fui de panelinha. Eu era o tempero. Aquela que se dava bem com todo mundo, mas não se perdia em ninguémContinuar lendo “De canto em canto, eu fui ficando”

The Last of My Twenties

No próximo dia 2 de agosto, eu completo 29 anos. E, como todo ano, o universo já começou a me cutucar — às vezes de leve, às vezes com um empurrão que quase me derruba, mas sempre com alguma intenção. Essa semana, por exemplo, postei três textos no blog em um único dia. Três. AcreditoContinuar lendo “The Last of My Twenties”

Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)

Eu me pego postergando tudo que possa ser postergado. Tudo. Se der pra deixar pra amanhã, eu deixo. E o mais engraçado, ou triste, não sei, é que a única coisa que faço antes de qualquer prazo é sofrer por antecedência. Meu corpo reage de formas bem criativas: ansiedade que parece um ninho de abelhasContinuar lendo “Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)”

Saúde não se pesa, se sente.

Quais são suas estratégias para manter a saúde e bem-estar? Teve um tempo em que eu achava que saúde era acordar às seis, tomar chá de cúrcuma, correr cinco quilômetros e cortar o pão. Hoje eu só quero acordar em paz. Entendi que bem-estar não vem de fora pra dentro. Vem de dentro pra cima,Continuar lendo “Saúde não se pesa, se sente.”

Cansei de pedir licença para existir

Por muito tempo, fui me encolhendo. Pedia licença pra falar. Pra rir alto. Pra ocupar espaço. Pedia desculpa por sentir demais, querer demais, ser demais. Por ter opinião, por mudar de ideia, por dizer não. Pedia perdão até por existir em dias que só queria sumir. Mas agora, algo dentro de mim mudou. Não seiContinuar lendo “Cansei de pedir licença para existir”

Entre o porto e o mar aberto

Você está buscando segurança ou aventura? Tem dias em que tudo o que eu quero é um colo. Um lugar onde eu possa tirar os sapatos da alma, deixar a guarda cair e descansar sem medo de não ser compreendida. Tem outros em que eu preciso de vento no rosto, bagunça na rotina, tremor noContinuar lendo “Entre o porto e o mar aberto”

Eu, dramática por destino (e com mapa astral pra provar)

Gente, assim…Eu sempre soube. Antes de qualquer mapa astral, antes de Vênus, antes de casas e graus — eu já me conhecia o suficiente pra saber que tinha alguma coisa de exagerada, teatral e levemente (ou não tão levemente) dramática rolando aqui. Então foi meio óbvio quando o universo, via Astro.com e suas efemérides suíçasContinuar lendo “Eu, dramática por destino (e com mapa astral pra provar)”

O dinheiro é emocional (não só matemático)

Dinheiro sempre foi uma presença curiosa na minha vida. Não posso dizer que cresci na escassez, nem que vivi rodeada de luxo desde o começo. Teve momentos mais apertados, teve fases de abundância. No meio de tudo isso, eu — uma criança mimada, que quase sempre teve o que quis, sem precisar esperar muito. QuandoContinuar lendo “O dinheiro é emocional (não só matemático)”

As coisas que solto pra não soltar a minha paz

Do que você abriria mão para ter paz? Abriria mão do orgulho. Dessa necessidade de ter sempre a última palavra, mesmo que ela venha embalada em razão e dor. Abriria mão de provar ponto. De convencer quem não quer escutar, de me justificar pra quem já decidiu me julgar. Abriria mão do controle — ouContinuar lendo “As coisas que solto pra não soltar a minha paz”

Coisas que só a idade ensina (e o tempo afina)

O que você acha que melhora com a idade? Com a idade, melhora o filtro. Melhora o olhar pra dentro e a paciência pra fora. Melhora a coragem de dizer “não” sem precisar justificar, e o prazer de dizer “sim” só quando a alma pede. Melhora a qualidade dos silêncios, o gosto pelas pausas, aContinuar lendo “Coisas que só a idade ensina (e o tempo afina)”

E que bom que nem todo mundo gosta de mim

Tem uma parte minha que vive num eterno teatrinho mental tentando agradar todo mundo. Um lado fofo, educado, que quer ser a melhor anfitriã do mundo até pra quem não pedi pra entrar na minha vida. Esse lado sonha com aprovação, tapinhas nas costas e o clássico “ai como ela é querida”. Mas aí, graçasContinuar lendo “E que bom que nem todo mundo gosta de mim”

10 coisas de que eu tenho certeza

Liste 10 coisas de que você tem certeza. 1. Que o tempo não espera ninguém, mas a alma às vezes fica parada, olhando o vento passar. 2. Que amar é um risco tão bonito que eu toparia cair de novo, e de novo, e de novo. 3. Que Deus me vê até quando eu meContinuar lendo “10 coisas de que eu tenho certeza”

Antes que a situação mude, Ele muda o coração

Hoje eu entendi, Deus.Entendi que às vezes o Senhor não muda a situação porque está ocupado demais mudando o meu coração. Eu podia jurar que era só o vinho. Mas não era só o vinho. Era o ambiente, o peso que pairava no ar, as pequenas farpas invisíveis que entraram sem pedir licença.Meu corpo vomitouContinuar lendo “Antes que a situação mude, Ele muda o coração”

Seu cérebro só termina de amadurecer lá pelos 30 (então relaxa… mais ou menos)

Eu penso tão diferente de quando tinha 20 anos que às vezes tenho vontade de ligar praquela eu do passado e dizer:“Amiga, você não faz ideia. E, honestamente, nem eu.” A verdade é que sinto que tô passando pela crise dos trinta já faz uns dois anos — sendo que só faço 30 no anoContinuar lendo “Seu cérebro só termina de amadurecer lá pelos 30 (então relaxa… mais ou menos)”

Eu fui, eu sou, eu vou — mas e o Raul?

Às vezes penso que o Raul Seixas foi só um Nietzsche sem supervisão terapêutica. Um Jung sem mandala pra se centrar. Um Davi sem Deus pra segurar a onda.Ele abriu a cabeça, o coração, a alma — e esqueceu de ter um lugar seguro pra voltar depois. E aí o abismo olhou de volta (NietzscheContinuar lendo “Eu fui, eu sou, eu vou — mas e o Raul?”

Quando o mundo parecer injusto

Oi, alma sensível, Sabe aqueles dias em que o mundo parece um lugar especialmente cruel? Quando tudo dá errado, gente ruim prospera, gente boa se arrebenta, e você pensa: “qual é a lógica disso aqui?” Então, respira.Porque, sinceramente? Às vezes não tem lógica nenhuma mesmo. Não é sobre karma instantâneo, não é sobre justiça cósmicaContinuar lendo “Quando o mundo parecer injusto”

Sobre o caminho certo

Sabe o que me atormenta às vezes? Esse medo bobo de estar indo pelo caminho errado. Como se existisse uma placa em algum lugar escrito “Bruna, é por aqui, sua tonta” e eu, claro, tivesse passado direto porque estava distraída pensando no que sentir. Eu queria um Waze da alma, com voz suave me dizendo:Continuar lendo “Sobre o caminho certo”

Manifesto: Como virar adulto sem se sentir um completo fracasso

Escrever e pesquisar me ajudam a evoluir. Talvez esse seja o único caminho que encontrei pra não surtar de vez: entender por que sinto o que sinto, por que faço o que faço, por que às vezes acordo tão leve e outras tão esmagada pelo peso do mundo. Essa série nasceu disso, de uma tentativaContinuar lendo “Manifesto: Como virar adulto sem se sentir um completo fracasso”

Sobre ver demais

Outro dia me peguei pensando se esse meu hábito de cavar sentido em tudo é benção ou cilada. Se esse jeito de sondar o invisível, fuçar silêncio e farejar nuances é um dom espiritual ou só o meu jeito preferido de enlouquecer com classe. Tem gente que vive no raso, e olha — admiro. DeveContinuar lendo “Sobre ver demais”

Entre goles e cheiros

Eu sempre gostei de chá. Desde bebê, minha mãe conta que eu virava mamadeiras enormes sem reclamar, como quem já sabia que aquilo fazia bem. Cresci trocando café por chá na adolescência — não porque era mais saudável, mas porque era mais meu. No Outback, nem preciso olhar o cardápio: se tiver chá gelado, jáContinuar lendo “Entre goles e cheiros”

Bruna por Bruna: Freud morreria de novo. Jung pediria um café.

Bruna não nasceu pra ter paz, mas também não nasceu pra ter tédio. Ela vive num eterno entre: entre o salto e o chinelo, entre o trauma e a cura, entre escrever um livro ou sumir no litoral com o celular desligado. Ela acredita em Deus, em sincronicidades, na Bíblia, em Yoko Ono e àsContinuar lendo “Bruna por Bruna: Freud morreria de novo. Jung pediria um café.”

Onde repousa a minha fé

Qual o nível de importância da espiritualidade na sua vida? A espiritualidade, pra mim, não é um aspecto da vida — é a própria vida atravessada por algo maior. É o que sobra quando o controle falha. É onde repouso quando o mundo aperta. Não sigo uma religião, mas sigo sinais. Acredito que Deus falaContinuar lendo “Onde repousa a minha fé”

🎧 Manifesto – Enquanto Tocava

(ou: uma tentativa de transformar o peito em partitura) Eu não me lembro da minha vida sem música. Na verdade, acho que nem existi antes dela. Cresci cercada de gente que tinha bom gosto musical — o que já é uma sorte estatística, se você parar pra pensar. Tinha MPB na vitrola do avô, rockContinuar lendo “🎧 Manifesto – Enquanto Tocava”

Manifesto – Pra Geração Alfa (e pra quem criou ela)

Vocês estão crescendo rápido demais.Com celular na mão, fone no ouvido e crise existencial aos 12. Sabem de tudo, mas não sabem de quase nada.Falam bonito, mas vivem com medo.Vocês se cobram, se comparam, se cancelam…e se esquecem que ainda são crianças tentando sobreviver num mundo que até os adultos fingem entender. E a culpaContinuar lendo “Manifesto – Pra Geração Alfa (e pra quem criou ela)”

Capítulo 7- Quem vai salvar o mundo? – Entre culpa, esperança e legado

Cada geração carrega um fardo invisível: o de consertar o que a anterior deixou — e o de não fracassar como a próxima talvez veja. O planeta está quente. A saúde mental, em ruínas. Os vínculos, frágeis. E no meio disso tudo, há uma pergunta que ninguém faz em voz alta, mas todo mundo senteContinuar lendo “Capítulo 7- Quem vai salvar o mundo? – Entre culpa, esperança e legado”

O amor que continua, mesmo quando não é correspondido

Eu estava em silêncio.Meditando, o corpo relaxado e a alma aberta.Uma frequência vibrava dentro de mim — não dava pra explicar. Só sentir.E ali, no meio daquela onda invisível, comecei a conversar com Deus. Disse que daria a minha vida pelas pessoas que eu amo.Disse que faria isso sem hesitar, se isso salvasse pelo menosContinuar lendo “O amor que continua, mesmo quando não é correspondido”

Capítulo 3- Amor em tempos diferentes: o que cada geração entendeu (ou não) sobre vínculos

Cada geração aprende a amar com o vocabulário emocional que recebeu. Algumas aprenderam com silêncio. Outras, com obrigações. Algumas, com excesso. Outras, com ausência. Mas todas, de alguma forma, seguem tentando dizer: eu te amo, mesmo sem ter ouvido direito. 🤐 Geração Silenciosa (1928–1945): amor que não se fala Essa geração aprendeu que amar era prover,Continuar lendo “Capítulo 3- Amor em tempos diferentes: o que cada geração entendeu (ou não) sobre vínculos”

Capítulo 2- O tempo da infância: o que foi reprimido, o que foi dissolvido, o que sobreviveu

Infância é onde tudo começa — inclusive o que vai doer daqui a vinte anos. É onde o tempo tem cheiro. Cheiro de terra molhada, de colo ou de medo. Mas esse tempo não é o mesmo para todos. Cada geração aprendeu o que era ser criança a partir do que o mundo podia oferecerContinuar lendo “Capítulo 2- O tempo da infância: o que foi reprimido, o que foi dissolvido, o que sobreviveu”

Capítulo 1- Nostalgia x Inovação: o fio que separa e conecta as gerações

O tempo não é só uma linha reta. É um novelo — cheio de nós, repetições e voltas no mesmo ponto. E se há um fio que costura todas as gerações, ele se chama memória. Mas o que fazemos com ela é que muda com o tempo: Alguns a silenciam, outros a romantizam. Alguns aContinuar lendo “Capítulo 1- Nostalgia x Inovação: o fio que separa e conecta as gerações”

Entre gerações: o que herdamos, o que criamos, o que deixamos

Antes de sermos geração, fomos consequência. De guerras, ditaduras, revoluções tecnológicas e silêncios emocionais que atravessaram famílias inteiras. A Geração Silenciosa (1928–1945) aprendeu a sobreviver em meio à escassez e à rigidez. Filhos da guerra e da repressão, viveram para obedecer e reconstruir. Choravam escondido, se chorassem. Os Baby Boomers (1946–1964) nasceram quando o mundoContinuar lendo “Entre gerações: o que herdamos, o que criamos, o que deixamos”

A pressa de ser tudo

e a capinha do celular que me lembrou de ser só o que eu posso agora – por b. monma Outro dia, peguei o celular para responder alguém — provavelmente mais uma cobrança disfarçada de gentileza — e me dei de cara com a frase que carrego todos os dias sem perceber: “Slow down, you’reContinuar lendo “A pressa de ser tudo”

Sobre não ter o que dizer

Uma vez, alguém me mandou uma mensagem no blog perguntando como eu fazia pra não cair em bloqueios criativos. Na época, respondi com honestidade — disse que escrevia porque escrevia. Porque era natural, fluía, escorria como pensamento molhado em vidro. Não sei se menti. Ou se só respondi de dentro de uma fase fértil, dessasContinuar lendo “Sobre não ter o que dizer”

A chupeta, a fralda e a liberdade

Dizem que todo bebê gosta de dormir no meio dos pais. Eu não. Desde que me entendo por gente, gosto do meu quarto, da minha cama, do meu canto. Nunca fui de colo emprestado. Minha mãe conta que, com menos de um ano, tirei a fralda porque ela me incomodava. Com nove meses eu andavaContinuar lendo “A chupeta, a fralda e a liberdade”

A faxina silenciosa

Outro dia, eu chamei Deus pra uma reuniãozinha particular. Sem pauta oficial, sem ata, sem palmas. Só eu, a alma cansada e uma verdade entalada: “Deus, eu não quero mais saber de fofoca. Não quero mais conversa vazia. Eu quero crescer, não escutar.” Deus, que é muito eficiente, não me respondeu com uma luz místicaContinuar lendo “A faxina silenciosa”

a espada era minha

Na noite do dia 22 pro dia 23 de abril, eu sonhei que era uma rainha. Mas não dessas que usa coroa de ouro, manda nas pessoas ou tem um castelo com torre. Era uma rainha que andava — não no salto — mas arrastando uma espada enorme no chão. Pesada. Tão grande que davaContinuar lendo “a espada era minha”

O milagre possível

Tem dias em que a gente acorda com vontade de ficar. Ficar em silêncio, ficar na nossa, ficar longe de tudo que pesa. Mas aí lembra que é Páscoa. Que tem almoço em família. Que tem presença marcada, cadeira reservada, e uma parte nossa que quer — apesar de tudo — estar lá. Mas aContinuar lendo “O milagre possível”

O que se vê quando a vitrine quebra

A gente achava que a vitrine era o mundo. Que o vidro brilhava porque era puro, e não porque refletia as luzes artificiais que a gente mesmo pendurou ali. A gente chamava de liberdade. De sucesso. De “conquistar o que é seu”. E por muito tempo, isso bastou. Mas um dia a vitrine quebrou. TalvezContinuar lendo “O que se vê quando a vitrine quebra”

Por que escrevo um blog em 2025?

Sempre escrevi. No papel, no celular, em qualquer lugar onde pudesse despejar meus pensamentos antes que se perdessem no fluxo da rotina. Escrever me ajuda a organizar a mente, a entender o que sinto, a evoluir. Antes, guardava tudo para mim. Agora, posto. Para não perder, para dar voz ao que penso. Mas por queContinuar lendo “Por que escrevo um blog em 2025?”

Monma: Entre Portais, Entre Mundos e Entre o Caos da Minha Mente

Eu só queria descobrir o significado do meu sobrenome. Uma pesquisa rápida, nada muito profundo. Mas, como tudo na minha vida, as coisas nunca acontecem de forma linear e simples. Comecei buscando uma resposta e, antes que percebesse, já estava cogitando largar tudo, virar budista e me mudar para o Japão para meditar nas montanhas.Continuar lendo “Monma: Entre Portais, Entre Mundos e Entre o Caos da Minha Mente”

Entre a Fé e o Limbo

Tem dias em que eu acordo achando que agora vai. Que finalmente a vida entendeu que já me testou o suficiente e que, a partir daqui, tudo vai fluir. Mas, no minuto seguinte, ela dá risada na minha cara e sussurra: “Não vai não.” E então vem o peso. O peso de quem já tentouContinuar lendo “Entre a Fé e o Limbo”

Deixa que eu carrego essa cruz

A vida toda me disseram que eu não podia. “Você não consegue”, “Isso não é pra você”, “Melhor deixar pra quem sabe”. E eu, boba, fui acreditando. Afinal, se tanta gente diz, deve ser verdade, né? Talvez eu tenha vindo com defeito de fábrica, talvez meu único talento seja pedir desculpa por existir. E foiContinuar lendo “Deixa que eu carrego essa cruz”

Organizando as Prateleiras Mentais: Como Pilates, Meditação, Som e a Escrita Viraram Meus Melhores Funcionários

Meu avô dizia: “Corpo são, mente sã.” E eu, teimosa que sou, demorei para entender que essa frase não era só um bom bordão de filme de coach. Mas a vida – essa professora insistente – fez questão de me mostrar na prática. Nos últimos tempos, entre um devaneio sobre propósito e um surto (nãoContinuar lendo “Organizando as Prateleiras Mentais: Como Pilates, Meditação, Som e a Escrita Viraram Meus Melhores Funcionários”

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