As mulheres que escreveram antes de mim

Há mulheres que não apenas escrevem, abrem caminhos. A minha escrita nasceu assim: atravessada por vozes femininas que chegaram cedo demais para serem apenas referências e tarde demais para serem esquecidas. Desde muito nova, eu lia mulheres. Lia com fome. Lia como quem encontra espelhos antes de aprender a se olhar. Transcrevia trechos em cadernos,Continuar lendo “As mulheres que escreveram antes de mim”

sobre coroas, ilusões e o preço da evolução

Às vezes eu assisto séries de época para esquecer da vida, mas acabo lembrando demais. Comecei a rever The Tudors. Um desfile de coroas pesadas carregadas por gente leve demais. Um mundo governado por impulsos de homens que confundiam poder com permissão divina, e vaidade com destino. E enquanto eu via inocentes sendo arrancados daContinuar lendo “sobre coroas, ilusões e o preço da evolução”

Quando o sonho é grande demais para uma vida que parece perfeita

O que fica da quinta temporada de Emily in Paris não é sobre romance, looks ou cidades, é sobre tamanho. Às vezes, a dor não vem porque algo deu errado.Vem porque deu certo demais, mas no lugar errado. A série amadurece quando entende que existem sonhos grandes demais para caber em uma realidade que, naContinuar lendo “Quando o sonho é grande demais para uma vida que parece perfeita”

Escrever, mesmo quando dá medo

Não foi uma epifania. Foi uma dúvida. Aquelas que não chegam gritando, chegam sentando no sofá, cruzando as pernas, olhando pra você como quem diz: “e o futuro?” Escrever sempre foi o jeito que encontrei de colocar minhas ideias no mundo. Não porque eu quisesse ser ouvida. Mas porque, se eu não escrevesse, elas ficavamContinuar lendo “Escrever, mesmo quando dá medo”

O que mudou em mim nos últimos tempos

Quais habilidades ou lições você aprendeu nos últimos tempos? Nos últimos tempos, aprendi mais lições do que habilidades técnicas. Aprendi a ficar em silêncio quando antes eu explicaria demais. A não reagir imediatamente, porque nem tudo merece resposta. Aprendi que maturidade não é endurecer, é escolher onde colocar a energia. Aprendi a confiar mais naContinuar lendo “O que mudou em mim nos últimos tempos”

Entre o raso e o profundo

Enquanto você dispara indiretas vazias no story, eu escrevo textos que respiram fundo e dizem o que você não tem coragem de nomear. Essa é a diferença. Tem gente que precisa de plateia para existir, eu preciso de silêncio. Tem quem escolha a provocação rasa, eu prefiro a palavra que atravessa. Enquanto uns acionam aContinuar lendo “Entre o raso e o profundo”

O Homem Que Não Cabia no Próprio Ego

Nem todo monstro late. Alguns chegam com sorriso de manual, perfume de respeito e promessas ensaiadas. Alguns te mandam bom dia com a mesma boca que mais tarde vai cuspir insultos. Eles não destroem móveis, destroem você. E ainda esperam ouvir “desculpa enquanto varre seus próprios cacos do chão. Ele entra na vida como quemContinuar lendo “O Homem Que Não Cabia no Próprio Ego”

O Império Invisível: de um zoológico ao poder paralelo

🐯Como o jogo do bicho saiu da jaula e virou história brasileira Tudo começou com um barão, um zoológico e uma ideia para aumentar o público. Em 1892, o Barão de Drummond criou um sorteio simples: cada ingresso para o zoológico de Vila Isabel vinha com a figura de um animal. No fim do dia,Continuar lendo “O Império Invisível: de um zoológico ao poder paralelo”

Os 30 não são os novos 20

Quando eu era adolescente, queria muito fazer 18. Achava que a vida começava ali, no primeiro “sim” sem precisar de autorização. Todo mundo me dizia que era besteira, que depois dos 18 o tempo voava e eu ia querer ser adolescente de novo. E quem disse estava certo. Lembro dos 18 como se fosse ontem,Continuar lendo “Os 30 não são os novos 20”

A menina que queria aprender por música

Quando eu era criança, pedi para que a professora explicasse a matéria em formato de música. Ela achou estranho. Chamou minha mãe pra conversar. Talvez tenha visto ousadia, talvez insubordinação, mas no fundo eu só queria entender o mundo de um jeito que fizesse sentido pra mim. Enquanto uns aprendiam decorando fórmulas, eu precisava sentirContinuar lendo “A menina que queria aprender por música”

Entre Deus, o dado e o poder

por b. monma Já reparou como a história se repete, só que com uma roupa diferente?Ontem eram os generais e seus tanques. Hoje são os algoritmos e seus códigos.O controle continua o mesmo, só mudou de roupa. A gente estudou na escola que a Coreia do Norte vive numa ditadura desde 1948,mas quase ninguém falaContinuar lendo “Entre Deus, o dado e o poder”

Meu Top 10 Filmes: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain 

Amélie acreditava que o mundo podia mudar com delicadezas invisíveis. Eu também. Talvez porque desde pequena eu tenha aprendido a reparar nas frestas, nas coisas mínimas que a maioria das pessoas deixa passar. Como a palavra “paz” que eu insistia em escrever em todos os meus desenhos quando criança. Pequenos sinais do que, no fundo,Continuar lendo “Meu Top 10 Filmes: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain “

Entre o feminismo e o silêncio

Escrever, pra mim, é uma forma de cura. Não escrevo pra ser lida, escrevo pra existir. Mas ainda assim me escondo.Como se mostrar minha palavra fosse o mesmo que tirar a roupa diante do mundo. Talvez por isso admire tanto as mulheres que ousaram se despir em público não de corpo, mas de alma. AsContinuar lendo “Entre o feminismo e o silêncio”

A cidade que nunca chega

São Paulo, 1976. O jornal fala de enchentes, poluição e promessas políticas. De carros que já não cabiam nas ruas, e de pessoas que já não cabiam nos sonhos. Diziam que era o preço do progresso. Me pergunto: e se o progresso for justamente o que nos impede de progredir? A cidade crescia mais rápidoContinuar lendo “A cidade que nunca chega”

O fim da ressaca como identidade

Durante muito tempo, a ressaca foi uma medalha. Sinal de que você viveu, curtiu, sobreviveu à própria intensidade. Era quase uma gíria geracional: “tô acabada, mas foi bom demais”. Hoje, essa frase soa datada. A ressaca perdeu o glamour. A nova geração não quer pagar o preço da euforia. O álcool deixou de ser oContinuar lendo “O fim da ressaca como identidade”

Entre o fogo e o mar

Há dias em que minha alma pede fogo: intensidade, paixão, aquele arrebatamento que consome. Outros dias, ela pede o mar: vastidão, paz, o silêncio que abraça. E eu, como sempre, fico no entre. A fé cristã me sussurra que o “entre” é um lugar de travessia. Como o povo no deserto, entre a escravidão eContinuar lendo “Entre o fogo e o mar”

A hora em que a noite dormiu

Eu nasci em 96. Vivi a noite de São Paulo na época em que ela parecia infinita: 1h da manhã e o fim de semana só estava começando, balada era ritual, e o copo cheio fazia parte do uniforme. Esse último fim de semana na cidade me deu outro retrato. À uma da manhã, portasContinuar lendo “A hora em que a noite dormiu”

Meu fim de semana de jovem

A gente passa a semana inteira acreditando que controla alguma coisa. Faz reserva, pesquisa localização, imagina a vista perfeita do estúdio à noite, já pensa no post conceitual com vinho e skyline de Pinheiros. E então São Paulo vem, ri da sua cara e lembra que controle é pura ficção. Uma semana antes eu tinhaContinuar lendo “Meu fim de semana de jovem”

Quando eu piso em São Paulo, algo em mim desperta

Não é só o barulho das ruas, nem o trânsito que nunca dorme. É como se a cidade tivesse um coração que pulsa fora do peito, e eu sinto esse compasso dentro de mim. Ela é inspiradora e visceral porque não pede licença, ela simplesmente é. São Paulo me lembra que eu também posso serContinuar lendo “Quando eu piso em São Paulo, algo em mim desperta”

Não deixe o samba morrer

O samba, que já foi sangue do Brasil, anda esquecido. A nova geração samba com o dedo no feed, ao som de quinze segundos descartáveis. E então aparece Virgínia, coroada rainha da Grande Rio. Um trono que pesa, um cargo gigante, e que incomoda. Incomoda porque os “artistas validados” não a reconhecem, reduzem-na a “subcelebridade”.Continuar lendo “Não deixe o samba morrer”

Empreender é dar bom dia pra quem quer te ver falir

Empreender, pra mim, não é só sobre vender.É sobre sobreviver. Eu achava que o mais difícil seria montar CNPJ, entender imposto, negociar com fornecedor, tentar fazer o cliente entender que picanha não é filé mignon. Achava que o terror viria em forma de boleto. Boba eu. O verdadeiro filme de terror tem nome: gestão deContinuar lendo “Empreender é dar bom dia pra quem quer te ver falir”

Talvez a gente precise escrever pra se ouvir

por – b. monma Outro dia, me peguei pensando: e se a gente pudesse escrever pra se curar? Não como uma obrigação de ser escritora. Mas como um respiro.Como uma carta que ninguém vai cobrar, uma lembrança que ninguém precisa entender.Como uma forma de existir — mesmo que em pedaços. Tenho recebido mensagens de genteContinuar lendo “Talvez a gente precise escrever pra se ouvir”

O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)

Pra mim, sucesso tem cara de férias. Mas não daquelas férias cheias de roteiro e expectativa, que você volta mais cansada do que foi. Sucesso, pra mim, é viagem onde eu não tenho pressão pra fazer absolutamente nada. Onde posso acordar sem despertador, caminhar sem rumo, comer quando sentir fome e não quando o relógioContinuar lendo “O que é sucesso de verdade? (spoiler: paz)”

A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)

Sinto isso o tempo todo. Talvez seja a saudade da leveza despreocupada da juventude. De chegar em casa e ter comida pronta, roupa lavada, boletos inexistentes e dramas limitados a “será que ele vai me mandar mensagem?”. Tanto a infância quanto a adolescência eram mais leves — e não é papo de romantizar, é sóContinuar lendo “A solidão inevitável de crescer (e o luto do que não volta mais)”

Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)

Ninguém sabe o que tá fazendo. Sério. Nem eu, nem você, nem aquele teu conhecido que parece ter a vida perfeita no Instagram. No fundo, tá todo mundo improvisando. Uns mais desastrados, outros melhores na arte de fingir. Eu, por exemplo, já dei o maior mico da história recentemente: dei tchau pra alguém que nãoContinuar lendo “Ninguém sabe o que tá fazendo (tem estudos sobre isso, juro)”

Como redes sociais bagunçam seu cérebro (e sua vida inteira)

TikTok. A plataforma perfeita pra você se sentir atoa em HD. Eu sei porque já me peguei rolando por horas, o polegar adestrado, o olhar meio vidrado, o cérebro pingando dopamina baratinha — e depois? Depois vem o vazio, a sensação de “por que mesmo eu precisava saber como fazer torta de ricota em 12Continuar lendo “Como redes sociais bagunçam seu cérebro (e sua vida inteira)”

Sobre Deus, religião e meu altar particular

Sempre me achei meio herege. Mas não do tipo que rejeita Deus — do tipo que acha Ele tão grande, tão vasto, que não pode caber numa só doutrina. Eu gosto de rezar o Pai Nosso, mas também acendo incenso. Carrego cristal na bolsa, mas também folheio a Bíblia e faço o sinal da cruzContinuar lendo “Sobre Deus, religião e meu altar particular”

Sobre as coincidências que têm cara de recado

Eu sei, pode parecer bobagem. Mas tenho essa mania de dar importância pras pequenas coincidências. Tipo quando olho o relógio e tá 22:22, ou quando uma música começa a tocar justo no exato momento em que penso em alguém. Pra muita gente é só acaso. Mas pra mim tem gosto de bilhete secreto do universo,Continuar lendo “Sobre as coincidências que têm cara de recado”

O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)

Às vezes me sinto completamente improdutiva. Tipo um domingo arrastado em que não fiz nada além de existir — e talvez nem isso direito. Mas, curiosamente, eu me permito. Porque eu gosto. Eu gosto tanto de não fazer nada que chega a ser quase uma arte. Acho que me recarrego assim, sozinha, meio de dentro,Continuar lendo “O tédio é importante (e a criatividade nasce no vazio)”

Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado

Costas, ombros, pescoço. É ali que mora a minha vida adulta. Ou, pelo menos, é ali que ela decide se manifestar em forma de peso, aperto, torcicolo, travada de quem dormiu errado — ou só vive errado mesmo. Eu durmo bem, confesso. Mas queria dormir mais. Tipo 12 horas, igual adolescente sem boletos, sem responsabilidades,Continuar lendo “Adulting dói porque seu corpo carrega stress acumulado”

Num universo alternativo…

Descreva sua vida em um universo alternativo. Eu acordo sem pressa, sem despertador, sem pendências emocionais não resolvidas. Tenho uma varanda de frente pro mar e uma cabeça que não inventa tempestades onde só tem brisa. Minha terapia é caminhar descalça, minha rotina tem cheiro de café fresco e silêncio, e minhas palavras são minhaContinuar lendo “Num universo alternativo…”

Hoje é meu aniversário

Acordei com dor nas costas (29 tem dessas). Sim, 29 anos chegam com boletos, responsabilidades… e esse tipo de recado do corpo. Mas tudo bem: se tem uma coisa que aprendi é que até a dor pode ser um lembrete de que estou viva. E isso, no fim, já é presente. Sou grata ao meuContinuar lendo “Hoje é meu aniversário”

Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)

Amar é talvez o tema mais batido e ainda assim mais bagunçado que existe. Eu carrego inseguranças até hoje por conta de relacionamentos anteriores — medo de ser trocada, medo de não ser suficiente, medo de amar mais do que o outro. E por mais que eu tente romper padrões, às vezes parece que elesContinuar lendo “Como nossos traumas moldam o amor (e a vida toda)”

Bem-vindo, agosto

Chega agosto e, com ele, aquela sensação de começo. Não é janeiro, não é segunda-feira, mas é o mês em que a vida parece me chamar pelo nome e dizer: agora é você. Agosto é meu mês de florescer, de relembrar quem eu sou, de agradecer por mais um ciclo e também de me permitirContinuar lendo “Bem-vindo, agosto”

The Last of My Twenties

No próximo dia 2 de agosto, eu completo 29 anos. E, como todo ano, o universo já começou a me cutucar — às vezes de leve, às vezes com um empurrão que quase me derruba, mas sempre com alguma intenção. Essa semana, por exemplo, postei três textos no blog em um único dia. Três. AcreditoContinuar lendo “The Last of My Twenties”

Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)

Eu me pego postergando tudo que possa ser postergado. Tudo. Se der pra deixar pra amanhã, eu deixo. E o mais engraçado, ou triste, não sei, é que a única coisa que faço antes de qualquer prazo é sofrer por antecedência. Meu corpo reage de formas bem criativas: ansiedade que parece um ninho de abelhasContinuar lendo “Por que procrastinamos tanto? (spoiler: dopamina, medo e um cérebro meio cagado)”

Devotion

Enquanto tocava Devotion, eu senti como se alguém tivesse tirado o ar do ambiente e me deixado ali, parada, respirando só pelas beiradas. A voz dele vinha falhando de propósito, quase como quem diz: “olha, isso aqui é o máximo que eu consigo dar agora, e espero que seja suficiente”. E no fundo, era. PorqueContinuar lendo “Devotion”

Eu, dramática por destino (e com mapa astral pra provar)

Gente, assim…Eu sempre soube. Antes de qualquer mapa astral, antes de Vênus, antes de casas e graus — eu já me conhecia o suficiente pra saber que tinha alguma coisa de exagerada, teatral e levemente (ou não tão levemente) dramática rolando aqui. Então foi meio óbvio quando o universo, via Astro.com e suas efemérides suíçasContinuar lendo “Eu, dramática por destino (e com mapa astral pra provar)”

O dinheiro é emocional (não só matemático)

Dinheiro sempre foi uma presença curiosa na minha vida. Não posso dizer que cresci na escassez, nem que vivi rodeada de luxo desde o começo. Teve momentos mais apertados, teve fases de abundância. No meio de tudo isso, eu — uma criança mimada, que quase sempre teve o que quis, sem precisar esperar muito. QuandoContinuar lendo “O dinheiro é emocional (não só matemático)”

As coisas que solto pra não soltar a minha paz

Do que você abriria mão para ter paz? Abriria mão do orgulho. Dessa necessidade de ter sempre a última palavra, mesmo que ela venha embalada em razão e dor. Abriria mão de provar ponto. De convencer quem não quer escutar, de me justificar pra quem já decidiu me julgar. Abriria mão do controle — ouContinuar lendo “As coisas que solto pra não soltar a minha paz”

Gente sem óleo e a pressa de quem acorda tarde demais

(ou por que vale a pena manter a alma acesa mesmo quando tudo parece parado) Tem coisas que a gente só percebe quando já não dá mais tempo. Essa parábola das dez virgens sempre me deu um incômodo estranho. Porque não é sobre pecado. Não é sobre quem era “boa” ou “má”. É sobre quemContinuar lendo “Gente sem óleo e a pressa de quem acorda tarde demais”

E que bom que nem todo mundo gosta de mim

Tem uma parte minha que vive num eterno teatrinho mental tentando agradar todo mundo. Um lado fofo, educado, que quer ser a melhor anfitriã do mundo até pra quem não pedi pra entrar na minha vida. Esse lado sonha com aprovação, tapinhas nas costas e o clássico “ai como ela é querida”. Mas aí, graçasContinuar lendo “E que bom que nem todo mundo gosta de mim”

10 coisas de que eu tenho certeza

Liste 10 coisas de que você tem certeza. 1. Que o tempo não espera ninguém, mas a alma às vezes fica parada, olhando o vento passar. 2. Que amar é um risco tão bonito que eu toparia cair de novo, e de novo, e de novo. 3. Que Deus me vê até quando eu meContinuar lendo “10 coisas de que eu tenho certeza”

Antes que a situação mude, Ele muda o coração

Hoje eu entendi, Deus.Entendi que às vezes o Senhor não muda a situação porque está ocupado demais mudando o meu coração. Eu podia jurar que era só o vinho. Mas não era só o vinho. Era o ambiente, o peso que pairava no ar, as pequenas farpas invisíveis que entraram sem pedir licença.Meu corpo vomitouContinuar lendo “Antes que a situação mude, Ele muda o coração”

eu não sei. mas acho que sei.

desde criança eu vejo isso.qualquer desenho americano, europeu, japa — tanto faz.sempre tem um índio rodando em círculo, batendo tambor, dançando pra fazer chover.todo mundo acha fofo. excêntrico. “olha só, esses selvagens acham que conversam com as nuvens.”claro, é só folclore. até que você cresce e descobre que no brasil existe a fundação cacique cobraContinuar lendo “eu não sei. mas acho que sei.”

Seu cérebro só termina de amadurecer lá pelos 30 (então relaxa… mais ou menos)

Eu penso tão diferente de quando tinha 20 anos que às vezes tenho vontade de ligar praquela eu do passado e dizer:“Amiga, você não faz ideia. E, honestamente, nem eu.” A verdade é que sinto que tô passando pela crise dos trinta já faz uns dois anos — sendo que só faço 30 no anoContinuar lendo “Seu cérebro só termina de amadurecer lá pelos 30 (então relaxa… mais ou menos)”

Quando Deus já saiu e você ainda insiste em ficar

(ou como aprender a sair de Sodoma antes que tudo exploda) Tem lugares que parecem certos, mas Deus já foi embora faz tempo. E você sabe. No fundo, você sabe. Mas fica. Fica porque tá confortável. Porque tem história. Porque é mais fácil continuar do que começar de novo. Ló ficou em Sodoma porque eraContinuar lendo “Quando Deus já saiu e você ainda insiste em ficar”

Eu fui, eu sou, eu vou — mas e o Raul?

Às vezes penso que o Raul Seixas foi só um Nietzsche sem supervisão terapêutica. Um Jung sem mandala pra se centrar. Um Davi sem Deus pra segurar a onda.Ele abriu a cabeça, o coração, a alma — e esqueceu de ter um lugar seguro pra voltar depois. E aí o abismo olhou de volta (NietzscheContinuar lendo “Eu fui, eu sou, eu vou — mas e o Raul?”

Quando o mundo parecer injusto

Oi, alma sensível, Sabe aqueles dias em que o mundo parece um lugar especialmente cruel? Quando tudo dá errado, gente ruim prospera, gente boa se arrebenta, e você pensa: “qual é a lógica disso aqui?” Então, respira.Porque, sinceramente? Às vezes não tem lógica nenhuma mesmo. Não é sobre karma instantâneo, não é sobre justiça cósmicaContinuar lendo “Quando o mundo parecer injusto”

Sobre o caminho certo

Sabe o que me atormenta às vezes? Esse medo bobo de estar indo pelo caminho errado. Como se existisse uma placa em algum lugar escrito “Bruna, é por aqui, sua tonta” e eu, claro, tivesse passado direto porque estava distraída pensando no que sentir. Eu queria um Waze da alma, com voz suave me dizendo:Continuar lendo “Sobre o caminho certo”

Manifesto: Como virar adulto sem se sentir um completo fracasso

Escrever e pesquisar me ajudam a evoluir. Talvez esse seja o único caminho que encontrei pra não surtar de vez: entender por que sinto o que sinto, por que faço o que faço, por que às vezes acordo tão leve e outras tão esmagada pelo peso do mundo. Essa série nasceu disso, de uma tentativaContinuar lendo “Manifesto: Como virar adulto sem se sentir um completo fracasso”

Façamos para nós uma bolha

(ou por que Deus talvez derrube seus algoritmos) Tem dias em que eu me pego pensando que a gente está vivendo uma nova Torre de Babel. Só que agora a torre é invisível. Feita de tela, de ego, de curtida. Uma torre digital que a gente sobe achando que vai encontrar o céu — masContinuar lendo “Façamos para nós uma bolha”

Você não precisa saber o que vai ser quando crescer agora

Oi, meu pequeno caos ambulante, Eu sei. Parece que o mundo inteiro tá com pressa pra enfiar você dentro de uma caixa bonita, etiquetada e com um lacinho que diga: “esse aqui já sabe o que vai ser quando crescer.” Mas deixa eu te falar uma coisa que ninguém tem coragem de dizer: você nãoContinuar lendo “Você não precisa saber o que vai ser quando crescer agora”

Sobre ver demais

Outro dia me peguei pensando se esse meu hábito de cavar sentido em tudo é benção ou cilada. Se esse jeito de sondar o invisível, fuçar silêncio e farejar nuances é um dom espiritual ou só o meu jeito preferido de enlouquecer com classe. Tem gente que vive no raso, e olha — admiro. DeveContinuar lendo “Sobre ver demais”

Bruna por Bruna: Freud morreria de novo. Jung pediria um café.

Bruna não nasceu pra ter paz, mas também não nasceu pra ter tédio. Ela vive num eterno entre: entre o salto e o chinelo, entre o trauma e a cura, entre escrever um livro ou sumir no litoral com o celular desligado. Ela acredita em Deus, em sincronicidades, na Bíblia, em Yoko Ono e àsContinuar lendo “Bruna por Bruna: Freud morreria de novo. Jung pediria um café.”

The Smiths- The Light That Never Goes Out 

Tem gente que tem uma música com um ex. Eu tenho com o meu pai. É do The Smiths, claro. Porque, assim como ele, a música tem esse jeito meio triste, meio poético, meio profundo — e totalmente clássico. “To die by your side is such a heavenly way to die”. Pois é. A nossaContinuar lendo “The Smiths- The Light That Never Goes Out “

Quando a Promessa Demora Demais

Tem vezes que parece que Deus esqueceu. Você ora, acredita, agradece antes de receber, segura firme. E nada.Os anos passam e você vai ficando meio cínica, meio desconfiada, meio cansada de se frustrar. Foi mais ou menos assim com Sara.Deus tinha prometido um filho.Disse que dela sairia uma grande nação.Mas ela envelhecia…E o ventre delaContinuar lendo “Quando a Promessa Demora Demais”

Carta para quem tem medo que o mundo acabe antes de começar

Querida Geração Alfa, Vocês que cresceram no meio de sirenes, telas e previsões sombrias. Que escutam sobre guerras antes mesmo de aprender a lidar com as próprias emoções. Que veem vídeos no TikTok dizendo que o mundo vai acabar, enquanto só queriam entender como o mundo começa. Essa carta é pra vocês. Eu sei queContinuar lendo “Carta para quem tem medo que o mundo acabe antes de começar”

Onde repousa a minha fé

Qual o nível de importância da espiritualidade na sua vida? A espiritualidade, pra mim, não é um aspecto da vida — é a própria vida atravessada por algo maior. É o que sobra quando o controle falha. É onde repouso quando o mundo aperta. Não sigo uma religião, mas sigo sinais. Acredito que Deus falaContinuar lendo “Onde repousa a minha fé”

🎧 Manifesto – Enquanto Tocava

(ou: uma tentativa de transformar o peito em partitura) Eu não me lembro da minha vida sem música. Na verdade, acho que nem existi antes dela. Cresci cercada de gente que tinha bom gosto musical — o que já é uma sorte estatística, se você parar pra pensar. Tinha MPB na vitrola do avô, rockContinuar lendo “🎧 Manifesto – Enquanto Tocava”

Manifesto – Pra Geração Alfa (e pra quem criou ela)

Vocês estão crescendo rápido demais.Com celular na mão, fone no ouvido e crise existencial aos 12. Sabem de tudo, mas não sabem de quase nada.Falam bonito, mas vivem com medo.Vocês se cobram, se comparam, se cancelam…e se esquecem que ainda são crianças tentando sobreviver num mundo que até os adultos fingem entender. E a culpaContinuar lendo “Manifesto – Pra Geração Alfa (e pra quem criou ela)”

Capítulo 7- Quem vai salvar o mundo? – Entre culpa, esperança e legado

Cada geração carrega um fardo invisível: o de consertar o que a anterior deixou — e o de não fracassar como a próxima talvez veja. O planeta está quente. A saúde mental, em ruínas. Os vínculos, frágeis. E no meio disso tudo, há uma pergunta que ninguém faz em voz alta, mas todo mundo senteContinuar lendo “Capítulo 7- Quem vai salvar o mundo? – Entre culpa, esperança e legado”

Capítulo 6- O corpo nas gerações: entre contenção, culto e desconexão

O corpo nunca foi só carne. Sempre foi política, promessa, punição e, em alguns casos, a única forma de ser visto. Cada geração foi ensinada a habitar o próprio corpo de um jeito. E quase nenhuma foi ensinada a habitá-lo com paz. 🪶 Geração Silenciosa (1928–1945): o corpo como ferramenta de sobrevivência Corpo era força deContinuar lendo “Capítulo 6- O corpo nas gerações: entre contenção, culto e desconexão”

Capítulo 5- Espiritualidade entre gerações: entre a culpa, o sagrado e a busca por sentido

Nem toda fé nasce de luz. Às vezes, ela nasce do medo. Da dor. Do desespero. Cada geração, à sua maneira, tentou fazer sentido da vida — ou, ao menos, suportar o absurdo dela. A forma muda. Mas o vazio, esse… é universal. 🙏🏼 Geração Silenciosa (1928–1945): fé como obediência Deus era figura de autoridade. IgrejaContinuar lendo “Capítulo 5- Espiritualidade entre gerações: entre a culpa, o sagrado e a busca por sentido”

Capítulo 4 – Gerações no trabalho: da labuta silenciosa ao burnout performático

Nenhuma geração escapou do trabalho — mas cada uma foi ensinada a lidar com ele de um jeito. Para algumas, era honra. Para outras, mal necessário. Para algumas, destino. Para outras, prisão com Wi-Fi. No fundo, todas tentam responder à mesma pergunta: Quanto da minha vida eu preciso entregar pra valer a pena? 🧱 Geração SilenciosaContinuar lendo “Capítulo 4 – Gerações no trabalho: da labuta silenciosa ao burnout performático”

O amor que continua, mesmo quando não é correspondido

Eu estava em silêncio.Meditando, o corpo relaxado e a alma aberta.Uma frequência vibrava dentro de mim — não dava pra explicar. Só sentir.E ali, no meio daquela onda invisível, comecei a conversar com Deus. Disse que daria a minha vida pelas pessoas que eu amo.Disse que faria isso sem hesitar, se isso salvasse pelo menosContinuar lendo “O amor que continua, mesmo quando não é correspondido”

A pressa de ser tudo

e a capinha do celular que me lembrou de ser só o que eu posso agora – por b. monma Outro dia, peguei o celular para responder alguém — provavelmente mais uma cobrança disfarçada de gentileza — e me dei de cara com a frase que carrego todos os dias sem perceber: “Slow down, you’reContinuar lendo “A pressa de ser tudo”

Sobre não ter o que dizer

Uma vez, alguém me mandou uma mensagem no blog perguntando como eu fazia pra não cair em bloqueios criativos. Na época, respondi com honestidade — disse que escrevia porque escrevia. Porque era natural, fluía, escorria como pensamento molhado em vidro. Não sei se menti. Ou se só respondi de dentro de uma fase fértil, dessasContinuar lendo “Sobre não ter o que dizer”

A faxina silenciosa

Outro dia, eu chamei Deus pra uma reuniãozinha particular. Sem pauta oficial, sem ata, sem palmas. Só eu, a alma cansada e uma verdade entalada: “Deus, eu não quero mais saber de fofoca. Não quero mais conversa vazia. Eu quero crescer, não escutar.” Deus, que é muito eficiente, não me respondeu com uma luz místicaContinuar lendo “A faxina silenciosa”

O que se vê quando a vitrine quebra

A gente achava que a vitrine era o mundo. Que o vidro brilhava porque era puro, e não porque refletia as luzes artificiais que a gente mesmo pendurou ali. A gente chamava de liberdade. De sucesso. De “conquistar o que é seu”. E por muito tempo, isso bastou. Mas um dia a vitrine quebrou. TalvezContinuar lendo “O que se vê quando a vitrine quebra”

Como vou realizar isso?

Outro dia, anotei no caderno três coisas que eu queria ser: menos reativa, mais poética e um pouco mais minha. Simples assim. Três frases curtas, que de tão simples quase passam batido… mas que, na prática, são uma revolução disfarçada de meta do mês. Ser menos reativa, por exemplo, parece fácil até o momento emContinuar lendo “Como vou realizar isso?”

O som que o universo faz quando ninguém está ouvindo

Dizem que tudo vibra. Que o mundo não é feito de matéria, mas de ritmo. Que somos, cada um de nós, uma pequena corda invisível tocando uma nota única no violão do cosmos. E se isso for verdade, talvez o meu bloqueio criativo seja só uma pausa entre duas notas. Uma respiração do universo antesContinuar lendo “O som que o universo faz quando ninguém está ouvindo”

Os guardiões do véu

Outro dia, me peguei olhando pro céu. Coisa boba, dessas que a gente faz quando o tempo dá uma trégua e a alma consegue respirar. As nuvens dançavam devagar. Tinha um rosto sorrindo, depois virou uma concha, depois um olho. Eu via mensagens. Formas que pareciam falar comigo. Como se alguém estivesse desenhando lá emContinuar lendo “Os guardiões do véu”

Crawling Back to Nostalgia

Ouvir Hozier transformar “Do I Wanna Know?” foi como abrir um portal para uma saudade que eu nem sabia que sentia. Algumas saudades são diferentes de outras. Existem aquelas saudades fofas, tipo saudade de um brigadeiro na TPM, e existem aquelas que doem no peito como um boleto vencido que a gente esqueceu de pagar.Continuar lendo “Crawling Back to Nostalgia”

Sobrevivendo ao Sábado de Carnaval (ou Como a Gente se Segura nos Nossos)

Sábado de Carnaval. Enquanto o Brasil acordava com glitter no rosto e ressaca moral, eu estava de pé às 7h da manhã no primeiro round, pronta para enfrentar um dia inteiro de trabalho. E quando eu digo pronta, quero dizer uma pilha de ansiedade, estresse e cansaço. Porque nada grita “alegria, alegria” como uma jornadaContinuar lendo “Sobrevivendo ao Sábado de Carnaval (ou Como a Gente se Segura nos Nossos)”

O Grande Espetáculo da Mediocridade

Era uma vez um homem chamado Tonho. Mas não qualquer Tonho. Este era O Tonho. O maior espetáculo de apatia que já pisou nesta terra. Se houvesse uma Olimpíada da preguiça, ele levaria ouro, mas provavelmente reclamaria do peso da medalha. Tonho não andava, se arrastava. Cada passo seu parecia um sacrifício digno de épicosContinuar lendo “O Grande Espetáculo da Mediocridade”

O Peso do Mundo e Outros B.O.s

Outro dia acordei com uma certeza: estou exausta de carregar o mundo nas costas. E antes que você me pergunte “mas quem te deu essa missão?”, já adianto que ninguém deu. Peguei por conta própria. Fui lá e me servi de um pratão de responsabilidades emocionais, existenciais e financeiras, tudo regado a um molho agridoceContinuar lendo “O Peso do Mundo e Outros B.O.s”

Relato de uma sobrevivente do próprio dia

Comecei o dia lutando com o despertador. Quer dizer, lutando é um exagero. Eu só perdi mesmo. Adiei uma, duas, duzentas vezes, na ilusão de que cinco minutos fariam alguma diferença na minha vida. Spoiler: não fizeram. Levantei com a energia de um celular no modo economia, mas decidi começar o dia relax. Namorei meuContinuar lendo “Relato de uma sobrevivente do próprio dia”

O Avô e as Lições Silenciosas

Meu avô era aquele tipo raro de pessoa que parecia saber de tudo antes de todo mundo. Ele não precisava de muito para ser grande. Não era de palavras vazias, nem de gestos grandiosos. Era grande no silêncio, na postura. Sempre foi o pilar da nossa família, aquele que, com uma frase, conseguia deixar tudoContinuar lendo “O Avô e as Lições Silenciosas”

O Peso do Bom Coração

Tem gente que nasce com um coração que transborda. Daqueles que não sabem amar pela metade, que se jogam de olhos fechados, que fazem o impossível por quem nem sempre faria o mínimo por eles. E o mais curioso é que, no meio disso tudo, essas pessoas não sentem que estão perdendo nada—até o diaContinuar lendo “O Peso do Bom Coração”

Manual de sobrevivência para lidar com gente sem vergonha

Acordei às seis da manhã porque sou trouxa. Podia dormir até as oito, mas levantei, joguei beach tennis, suei, corri pra casa, troquei de roupa e antes das dez já tinha feito mais pelo meu dia do que certas pessoas fizeram em anos. A diferença entre nós? Eu resolvo problemas, enquanto tem gente que sóContinuar lendo “Manual de sobrevivência para lidar com gente sem vergonha”

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